quarta-feira, 27 de março de 2024

Delegado-geral da Polícia Civil diz que não autorizou suposta operação policial executada por deputado

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: Divulgação
O delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach, informou que não permitiu a suposta operação policial comandada pelo deputado estadual Tito Barrichello (União Brasil). 
Barrichello (União Brasil), que está afastado do cargo de delegado por ter sido eleito em 2022, afirmou que Rockembach, não "tem o poder de autorizar e nem desautorizar" a ação.
A falsa operação resultou na tentativa de cumprimento de um mandado de prisão na noite de quinta-feira (21), em Curitiba. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado aparece portando um fuzil e vestindo um colete à prova de balas com o símbolo da Polícia Civil.  
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Barrichello, deu a declaração nesta segunda-feira (25), em coletiva de imprensa na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
"Ele (Silvio Rockembach) me disse que, se eu fizesse as operações, era para fazer sem a cara de Polícia Civil. Ele não autorizou porque não tem poder de autorizar e nem desautorizar", afirmou Barrichello.  
A versão dele foi desmentida por Rockembach. 
Em nota, o delegado-geral afirma que "em nenhum momento falou que ações como aquela poderiam ser realizadas sob quaisquer condições, sendo qualquer informação diferente dessa uma inverdade".  
Na gravação, Tito Barrichello está ao lado da esposa, Tathiana Guzella, que também é delegada. Ela aparece com um colete à prova de balas da Polícia Civil.
Guzella, assim como o marido, está afastado da corporação. Atualmente, o nome dela consta no Portal da Transparência como secretária parlamentar do deputado federal Felipe Francischini (União Brasil).
A RPC não teve retorno do partido e do gabinete de Francischini. O g1 tenta contato.
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Corregedoria apura suposta operação
A ação protagonizada por Tito Barrichello é alvo de uma apuração da Corregedoria da Polícia Civil.
Durante o encontro com o deputado, o delegado-geral explicou, em nota, que a operação "não contava e não contaria com o aval da instituição".
Em entrevista, o deputado indicou não temer a apuração da Corregedoria.
"Eu agi no estrito cumprimento do dever legal. Ele (alvo do suposto mandado) estava em flagrante delito. Faço questão que a Polícia Civil instaure um procedimento". 

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