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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO menino, de 10 anos, que salvou a mãe ao entregar uma carta de socorro em escola municipal, no distrito Pouso Alto, em Paraíso das Águas (MS), viajou
cerca de 40 km para entregar pedido de ajuda à diretora. A mulher era
agredida e mantida refém pelo marido, que foi preso em flagrante.
Ao g1,
a diretora que recebeu a carta comentou que o menino chegou triste na
escola e relatou que também foi espancado pelo padrasto.
"E ele perguntou, "'diretora posso
falar com a senhora?
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Minha mãe pediu para eu te entregar isso aqui, vou
para a minha sala'. Achei que era cartinha qualquer, menos uma carta
pedindo socorro. Temos mães que não têm acesso à internet, e sempre
levam cartas, mas quando vi a carta, me arrepiei, fiquei muito abalada, ela corria risco e ele também", relatou a diretora que recebeu a carta.
Conforme informado pela polícia, a família morava em uma fazenda no município de Água Clara,
e a criança estudava no distrito de Pouso Alto, a 190 quilômetros. Em
um trecho da carta, a mãe da criança relatou a violência sofrida.
"Bom dia, é a mãe do ***, estou entrando em contato com vocês porque
preciso muito de ajuda. Sou vítima de violência doméstica. Ontem o meu
companheiro me agrediu novamente, meu filho entrou na frente pedindo
para ele não me bater e ele bateu no meu filho também", escreveu a
mulher que era vítima de violência doméstica.
Criança também era agredida
De acordo com a diretora, que pediu para não ser identificada, a criança estava com hematomas. "Ele
estava com um corte no rosto e com o olho roxo, perguntei o que tinha
acontecido, e ele disse que tinha apanhado enquanto tentava proteger a
mãe, mas que não sabe como aconteceu porque fechou os olhos", relatou.
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Depois que a direção do colégio soube do pedido de ajuda, a polícia de Água Clara, cidade vizinha, foi acionada e prendeu em flagrante o suspeito na terça-feira (27).
Emocionada, a profissional da educação conta que antes de ir embora, a
criança retornou a sua sala para agradecer. "Quando ele estava indo com a
polícia para resgatar a mãe, ele voltou, me abraçou apertado, por um
tempo e me beijou. Entendi que era um agradecimento verdadeiro pela
ajuda que a mãe receberia".
Com auxílio do Conselho Tutelar e da Coordenadoria da Mulher, a polícia
foi até a área rural de Água Clara e encontrou a mulher em situação de
cárcere privado e com sinais de violência doméstica. Na carta, a vítima
alegava ter sido mantida refém e viver sob constantes ameaças.
O suspeito foi preso em flagrante pelo crime de cárcere privado e posse
e porte irregular de arma de fogo de uso permitido, já que com o homem
foram apreendidas uma espingarda e munições. O homem passou por
audiência de custódia na quarta-feira (28), e continua detido.
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