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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: CORREIO BRAZILIENSE – Imagem: Edilson RodriguesO ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e outras cinco pessoas
foram absolvidos pela Justiça do Amazonas na investigação sobre a crise
de abastecimento de oxigênio no estado, em janeiro de 2021. No auge da
pandemia de covid-19, estima-se que pelo menos 30 pessoas morreram por falta de atendimento em leitos de UTI.
A decisão foi tomada pela Justiça na noite de
segunda-feira (9/5). Também foram inocentados a ex-secretária de Gestão
do Trabalho do ministério Mayra Pinheiro, conhecida como Capitã
Cloroquina, o sucessor dela no cargo, Helio Angotti, e então secretário
estadual de Saúde do Amazonas, Marcellus Campello.
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O Ministério Público acusou Pazuello e os
outros réus por "retardar o início das ações do Ministério da Saúde no
estado do Amazonas, não supervisionar o controle da demanda e do
fornecimento de oxigênio medicinal nas unidades hospitalares, não
prestar ao estado a necessária cooperação técnica quanto ao controle de
insumos, retardar a determinação da transferência de pacientes à espera
de leitos para outros estados e realizar pressão pela utilização
'tratamento precoce' de eficácia questionada no Amazonas".
No entanto, no entendimento do juiz Diego Oliveira, da
9ª Vara Federal do Amazonas, além da eventual ação ou omissão dolosa,
seria necessário que a conduta dos réus também tivesse como objetivo
obter benefício próprio.
"Não basta que o agente público pratique ação ou
omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e
de legalidade. Exige-se que a conduta, também, seja subsumida a algum
dos incisos do artigo 11 da LIA, apresente finalidade de obter proveito
ou benefício indevido para si ou para outra pessoa ou entidade, bem como
sejam indicadas as normas constitucionais, legais ou infralegais
violadas (§§ 1º e 3º do mesmo dispositivo)", escreveu.
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A decisão foi a única protocolada pelo MP e ainda cabe recurso. A falta de oxigênio nos hospitais de Manaus levou dezenas de pessoas à morte e trouxe um cenário de caos,
com mais de 500 pacientes transferidos às pressas para unidades em
outros estados. Na época, o Amazonas registrava recorde de infectados
por covid-19.
Diante do caos, algumas pessoas chegaram a comprar
cilindros de oxigênio por conta própria e contratar transporte
particular para outros estados.
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