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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: DivulgaçãoA Polícia Federal flagrou no final do ano passado o deputado Josimar
Maranhãozinho (PL-MA) manuseando uma grande quantidade de maços de
dinheiro. Ele é suspeito de desviar recursos da Saúde viabilizados por
meio de emendas parlamentares.
De acordo com as apurações, prefeituras sob a influência política do
parlamentar beneficiadas com as verbas contratavam empresas de fachada
ligadas ao deputado.
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Estima-se que a fraude pode ter gerado prejuízo de
R$ 15 milhões aos cofres públicos.
As imagens foram reveladas pela revista Crusoé nesta sexta-feira (3).
A Folha de S.Paulo também teve acesso a elas e às informações do
inquérito que tramita há mais de um ano sob sigilo. O parlamentar foi
procurado pela reportagem, mas não retornou até a publicação deste
texto.
Maranhãozinho é presidente estadual do PL, partido que nesta semana
filiou o presidente Jair Bolsonaro e seu filho mais velho, o senador
Flávio Bolsonaro, e é comandado por Valdemar Costa Neto, condenado no
escândalo do Mensalão do PT.
Na quarta-feira (1º), um dia após a filiação de Bolsonaro, agentes
federais cumpriram um mandado de busca e apreensão em endereços do
deputado como parte de outra frente de apuração, também relacionada a
irregularidades envolvendo emendas parlamentares.
A gravação comprometedora foi feita em outubro de 2020 pela PF, com
autorização do ministro Ricardo Lewandowski, relator do inquérito no STF
(Supremo Tribunal Federal).
Apura-se o desvio de dinheiro de emendas parlamentares direcionado à
área de Saúde. Todo congressista tem direito a uma cota anual no
Orçamento. Em 2021, por exemplo, foi R$ 16,3 milhões.
Com o aval de Lewandowski, os investigadores instalaram uma câmera no
escritório político do investigado, em São Luís.
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No vídeo, o
parlamentar aparece guardando os valores em uma caixa azul. Outras
imagens mostraram os maços de dinheiro.
Os policiais avaliam ter reunido farto material para comprovar as
irregularidades atribuídas a Maranhãozinho. Graças às imagens captadas,
foi possível rastrear saques e registrar a distribuição de valores.
Ainda no ano passado, Lewandowski autorizou o cumprimento de 27 de
mandados de busca e apreensão em São Luís e no interior do estado,
quando o dinheiro foi apreendido. O ministro do STF determinou ainda o
bloqueio de mais de R$ 6 milhões em patrimônio do parlamentar.
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