segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Em entrevista prefeito eleito de Imbituva fala como deverá ser sua gestão

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO NAJUA Imagem: Rádio Najuá
Prefeito eleito de Imbituva, Celso Kubaski (Cidadania), falou sobre a escolha de secretários, o desejo de assumir a presidência da Amcespar, planos para a próxima gestão e como deverá ser seu trabalho na prefeitura de Imbituva
O prefeito eleito de Imbituva, Celso Kubaski (Cidadania), já começou os trabalhos para a transição de governo. Ele também está escolhendo os nomes para o secretariado. Ele deve apresentar os escolhidos ainda neste mês. “A partir do resultado, nós começamos a compor. Temos basicamente 60% da equipe montada, devo divulgar a equipe completa provavelmente no dia 10 de dezembro, entre o dia 10 ao 15 de dezembro nós vamos montar”, disse. 
Kubaski foi eleito em novembro com 5.853 votos, em uma eleição apertada, onde o segundo mais votado teve uma diferença de menos de 1% nos votos. Vinicius Pontarolo (PSDB) obteve 5.711 votos, 142 votos a menos que o prefeito eleito. Em seguida, ficaram Geraldo Rocha (DEM), com 4.984 votos e Acir Morais (PP), com 1.456 votos.
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Este será o seu segundo mandato como prefeito. Celso Kubaski já foi prefeito de Imbituva na gestão 2005-2008. Em entrevista à Najuá, o prefeito eleito disse como deverá ser a nova gestão em Imbituva e quais são os planos para o município.
Atuação do vice-prefeito
O prefeito eleito destacou que quer usar a experiência do seu vice-prefeito, Zaqueu Bobato, que é professor, na Secretaria de Educação. Segundo Celso, o plano é que o vice ajude neste início e também no decorrer do mandato, por meio do seu conhecimento na educação. “Ele vai me ajudar muito na composição, na escolha dos diretores de escola, nos seus assessores”, disse. 
Kubaski confirmou que o nome do vice-prefeito é um dos que pode ser indicado para ser secretário de educação. “É até possível que seja secretário de Educação. É possível. Não nomeei nada definido ainda”, disse. 
Saúde
Para o prefeito eleito, um dos seus maiores desafios na próxima administração será reabrir o Hospital São João. “O hospital foi fechado em 2011, então nove anos que não nasce criança em Imbituva. Eu sei que se nós conseguirmos essa façanha, já digo assim, de reabrir, que volta o SUS em Imbituva e que nasça a primeira criança em Imbituva”, contou. 
Uma das estratégias para conseguir reabrir será a negociação com o governo estadual. “Vamos nos assessorar de pessoas importantes dentro do Governo do Estado, dentro da esfera federal para que isso ocorra. É um compromisso da nossa campanha e é o norte da nossa administração”, avalia. 
De acordo com Kubaski, a reabertura depende mais de uma atitude política. “Eu entendo que seria mais força política até do que técnica porque o hospital, você não pode jogar uma estrutura fora que serviu por 40 anos no nosso município. O hospital de Imbituva, acredito que com algumas adaptações, dentro das normas técnicas legais, ele vai poder funcionar porque é um imóvel grande, é do município hoje. O atual prefeito comprou, o prédio é próprio. O que a gente vai fazer é adequar ele às normas da Vigilância Sanitária Estadual e Federal atuais”, explicou. 
Ele ainda disse que deverá continuar com o mesmo prédio, que já foi comprado pela prefeitura. 
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“Vamos aproveitar a estrutura existente, nunca prometemos assim fazer hospital novo porque eu acho que primeiro tem que dar condição para que nós coloquemos esse em prática. É bem localizado, todo mundo sabe onde é que fica e vamos ter profissionais suficientes para poder atender nessa área”, contou. 
Retomar planos
O prefeito eleito disse que também deve retomar projetos que não conseguiu realizar da última vez que estava na prefeitura de Imbituva.
Um deles é a construção de um Estádio Municipal. “Nós não conseguimos fazer um Estádio Municipal, mesmo que pequeno. É um sonho de grande parte, sou o esportista nato, participei de campeonatos desde a minha juventude, joguei no Olímpico muitos anos aqui, joguei vários clubes da região, Olinda de Prudentópolis, o Clube Atlético Teixeira-Soarense (CAT). Sou um cara ativo na hora de esportes. Me frustrou muito que eu não consegui fazer um Estádio Municipal, mesmo que simples, mas com arquibancada coberta, com vestiário legal, não consegui fazer. Não tive recurso suficiente para isso. Requer um investimento bom, investimento grande e eu tenho certeza absoluta que nesse mandato nosso vamos fazer aquilo que o quis fazer há 12 anos e não consegui”, conta. 
Outro item que também deve ser retomado é a pavimentação. Ele explica que na sua gestão a Vila Sésamo recebeu 70% de pavimentação. A pavimentação do restante do bairro está sendo finalizada na gestão que termina neste ano. Contudo, muitos bairros foram criados e ele disse pretender estender os planos de pavimentação para esses bairros. “Tem muitos bairros novos que foram criados em Imbituva. Um dos nossos planos de trabalho e eu conversei muito já com Sandro Alex, que é o secretário de Infraestrutura do Paraná, que vai nos dar sustentação para que a grande maioria dos bairros de Imbituva tenham pavimentação”, disse. 
Saneamento Básico
Outro item que está no planejamento da nova gestão é o investimento em saneamento básico. Celso explica que nos últimos anos houve um crescimento em Imbituva, que aumentou demandas, mas que ainda está com uma infraestrutura menor e que isso precisa ser resolvido.
Ele explica que acredita ser difícil realizar este projeto com recursos da prefeitura, mas disse que procurará o Governo do Estado para realizar os investimentos. “Lógico que a gente vai precisar de uma parceria do Governo do Estado para isso. Dificilmente vamos conseguir recurso próprio para fazer um programa dessa grandeza. Mas nós temos assim vilas gigantes que foram criadas em Imbituva. Aumentou muito o Parque Industrial, aumentou muito oferta de emprego e com isso também aumenta as demandas”, contou. 
Agricultura
Kubaski explica que deverá focar no pequeno agricultor, com programas que ajudem ele a produzir produtos que serão vendidos para consumidores. 
Uma das estratégias é usar um barracão e duas câmaras frias que poderão armazenar os produtos. O plano será feito junto com a cooperativa local. “Vamos usar muito aquela estrutura para que essa cooperativa tenha um crescimento e que consiga colocar o produto. Mas vamos incentivar muito pequeno produtor, bastante mesmo, com programas viáveis e que ele coloque o seu produto na mesa das pessoas que precisam”, disse. 
Nas estradas rurais, o prefeito eleito disse que a manutenção é algo rotineiro para o Executivo e que deve continuar os trabalhos. 
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Ele também disse que deve tentar implementar um programa inspirado no programa realizado em Teixeira Soares, chamado Porteira Adentro, onde o município ajuda com obras nos acessos às propriedades. “A pessoa que tem uma leiteria, que tem uma granja, nada impede que você faça o trabalho para que eles possam tirar o produto deles. E nós temos na nossa região muitos produtores, muitos criadores de frango, criadores de outros tipos de agricultura, temos granja de peru grande, de frango, setor leiteiro muito forte, então nós temos que dar apoio para essas pessoas para que eles tirem o seu produto. É inadmissível que alguém que está lá com hora marcada para entregar o produto, ele não conseguir tirar, ter que pegar um trator de madrugada para tirar um caminhão. Isso não pode acontecer”, explica. 
Outro problema são as cascalheiras que dificultam a vida de quem precisa se deslocar no interior. “O problema onde tem as cascalheiras, as comunidades sofrem mesmo. Lontrão, Arroio Grande, Palmar porque o trânsito é muito grande, então não é tão simples assim, porque você tira o cascalho de lá e é só trânsito pesado, é caminhão, máquina e sofre mesmo, principalmente as mulheres para cuidar da casa e, às vezes, até gera problema de saúde por causa da poeira. É uma solução a longo prazo. Nós pretendemos, desde que seja viabilizado fazer pavimentação de pedra irregular, nessas comunidades onde haja um acúmulo maior de casas próximas, uma da outra, para que diminua esse problema”, disse. 
Feiras
Outro objetivo é melhorar as feiras locais. Kubaski relembrou que na sua gestão passada já havia feito um trabalho para dar mais renda aos artesãos. “A ideia nossa é colocar mais central um pouco essa feira. Nós já tínhamos na época nossa lá, a questão do artesanato junto com a Provopar, já fazemos esse trabalho, inclusive tinha uma loja de artesanato que trabalhava com consignado. As pessoas deixavam seu produto lá e era cobrada apenas uma taxa simbólica e eles mesmos faziam o preço no produto deles, porque quem produz sabe quanto que vale e também questão de mercado”, explica.  
Já para a feira dos produtores rurais, o prefeito eleito disse que é preciso repensar o espaço. “A feira do produtor rural nós vamos dar um espaço melhor para eles, é uma questão até de humanitária. Tempo ruim, chuva, vento e eles lá. São produtos bons. São pessoas trabalhadoras. O cara sai de madrugada, tem que ter um local adequado para ele colocar o seu produto e principalmente, um conforto para quem quer comprar”, conta. 
Geração de emprego e renda
Nos dados divulgados mensalmente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Imbituva é um dos municípios destaques na geração de empregos formais na região. Segundo o prefeito eleito, a geração de emprego e renda é algo importante para toda a região, que pode se beneficiar. “A nível da Amcespar seria uma geração de mais empregos mesmo. Diversificar a indústria porque hoje em Imbituva, o setor madeireiro é forte, o de calçado nem se fala, é o que mais gera emprego, de malharias é muito mais um perfil diferenciado, que não teve nem Feira [Femali] de maio esse ano, mas são setores assim que um não depende do outro, mas a região precisa alternativas”, disse. 
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Amcespar
Kubaski disse ainda que deve tentar pleitear a presidência da Associação dos Municípios do Centro-Sul do Paraná (Amcespar), porém ele ainda conversará com os demais prefeitos sobre a possibilidade. “Vou conversar com os demais prefeitos para ver primeiro qual que é a intenção de cada um deles e se houver a possibilidade, respeitando sempre a opinião de cada um deles, eu gostaria de pleitear mesmo a presidência da Amcespar. Mas assim uma questão pessoal minha, respeitando a opinião de cada um deles. Se houver um consenso em que não precisa nem haver bate-chapa, nem nada, melhor ainda. E se algum deles também se propusesse a representar a Amcespar, que a gente acha que é uma pessoa que consiga fazer aquilo que a região precisa, terá também meu total apoio, mas não está descartado o meu nome, eu gostaria que fosse levado em consideração também”, conta. 
Experiência
Para Kubaski, a experiência adquirida na primeira gestão, entre 2005 e 2008, ajudará nos próximos anos. Ele conta que uma das diferenças de assumir agora é que as redes sociais permitem que as informações cheguem até o munícipe que pode fazer cobranças mais efetivas. “É uma cobrança maior do poder público e o gestor público tem que ser cobrado. Você é eleito para você cuidar das pessoas, cuidar do patrimônio, lógico, mas principalmente cuidar das pessoas”, disse. 
Porém, ele acredita que a experiência e os contatos realizados durante este tempo ajudarão a trazer mais condições para o município. “Eu tive o primeiro contato oficial mesmo com deputado basicamente no mês de abril de 2005. Hoje eu já saio com aquela tranquilidade que tem gente ajudando já antes de assumir o mandato. Então, muda muita coisa com relação a isso”, explica. 
Relacionamento com vereadores
No próximo mandato, apenas um vereador será do mesmo partido do prefeito. Celso conta que acredita que o relacionamento com os vereadores eleitos será tranquilo, tal qual foi no mandato 2005-2008. “Você tem uma administração séria, você tem uma administração voltada para aquilo que as pessoas precisam, os vereadores vão apoiar”, contou. 
Um dos atos que ele acredita que beneficiou neste relacionamento foi convidar os vereadores a participar de atos do Executivo. “Eu fui um dos poucos prefeitos que convidava os vereadores fazer parte das principais licitações grandes na área de educação ou de saúde. Eu convidava os vereadores para fazer parte. Coisa que eu tenha conhecimento não vejo a região fazer. Mas eu fazia naquela época e não vai ser diferente dessa vez. Os vereadores vão ter total liberdade para fiscalizar, que é o papel deles mesmo, mas eu não vejo problema nenhum de cuidar do município com ajuda dos vereadores”, disse.

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