By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PORTAL BEM PARANA – Imagem: Franklin de Freitas
O modelo híbrido defendido pelo governo federal que prevê cobrança de
outorga para as futuras concessões de pedágio no Paraná pode encarecer
as tarifas em até 40%. A estimativa é do primeiro-secretário da
Assembleia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) que
defendeu, hoje, a criação de um fórum permanente para debater, em todo o
Estado, o novo modelo de concessão das rodovias no Paraná.“A taxa de outorga nada mais é que um imposto novo que se cria, que
vai elevar entre 30% e 40% o valor das tarifas de pedágio.
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Queremos o
mesmo tratamento que outros estados tiveram. Os paranaenses não são
cidadãos de segunda categoria”, disse Romanelli.
O fórum permanente vai debater, segundo o deputado, tanto o novo
modelo de pedágio quanto o encerramento do contrato das atuais
concessões. Para ele, é importante o fórum atuar em conjunto com o
governo do Estado, Assembleia e prefeituras, além das entidades de
classe, para que as rodovias estaduais não sejam cedidas pelo Estado nos
novos contratos de concessão caso o governo federal mantenha a atual
proposta.
“O governo federal quer impor que, além de onerar a tarifa de pedágio
nas rodovias federais, o mesmo aconteça nas estaduais. Somos
contrários. Vamos lutar para que não tenha taxa de outorga", disse o
deputado.
Omissão — Romanelli acusa o governo federal de se omitir em relação
ao debate sobre o novo modelo de concessão. De acordo com o deputado,
todas as tentativas de obter informações referentes ao assunto, tanto no
Ministério dos Transportes quanto Empresa de Planejamento e Logística
(EPL) – estatal federal responsável pela elaboração dos estudos acerca
das novas concessões – foram infrutíferas.
“A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) conseguiu reunir todos em uma
mesa de debate, numa audiência pública virtual. A EPL inicialmente disse
que não haveria cobrança de taxa de outorga, mas depois muda o discurso
e que não há como não cobrar isso. Um completo desrespeito com os
paranaenses”, reitera Romanelli.
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O deputado defende que, além de ampla discussão sobre o formato do
novo modelo de concessão, o governo federal preste informações
referentes aos trechos que podem vir a ser pedagiados, os locais onde as
praças de pedágio serão instaladas e os valores reais que serão
ofertados nos oito lotes previstos para serem entregues à iniciativa
privada. “Exigimos total transparência e o mesmo tratamento que tiveram
os outros estados, onde o governo federal fez a licitação pelo menor
preço. Queremos um pedágio com preço justo, sem quaisquer cobranças
adicionais”.
Regras
s atuais contratos de pedágio no Paraná
vencem em 24 de novembro de 2021. Pela nova concessão, o governo federal
pretende pedagiar também 3,8 mil quilômetros de rodovias estaduais, 1,3
mil quilômetros a mais do que o atual Anel de Integração. O Ministério
dos Transportes, que contratou a Empresa de Planejamento e Logística
(EPL) para elaborar as regras da licitação, defende a adoção do chamado
modelo híbrido, em que se estabelece qual o menor desconto pode ser dado
na tarifa e a, partir daí, a licitação é decidida por maior outorga, ou
seja, pelo maior valor pago pelas empresas ao governo federal. Os
deputados estaduais e a bancada federal do Paraná defendem o modelo pelo
qual ficaria com a concessão as empresas que oferecessem o menor valor
da tarifa.
Na Assembleia, foi criada aFrente Parlamentar sobre o Pedágio, com a
intenção de barrar o novo modelo híbrido, e defender o modelo de menor
tarifa.
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