By: INTERVALO DA
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Campeão de manifestações nos
órgãos de participação popular da Câmara, o projeto (PL 5476/01) que
acaba com a assinatura básica da telefonia deve ser votado em Plenário
nos próximos dias. A proposta faz parte da lista de prioridades de
votação apresentada pelo presidente da Câmara, Marco Maia. Ao todo, 17
projetos de lei tramitam em conjunto sobre o mesmo tema, com a intenção
de obrigar as prestadoras de telefonia fixa a cobrar do assinante apenas
pelos pulsos e minutos efetivamente utilizados. De 2004 até o fim de
setembro deste ano, os serviços 0800 e Fale Conosco da Câmara receberam 2
milhões e meio de manifestações da população em torno desse projeto. A
Comissão de Defesa do Consumidor, inclusive, já aprovou um substitutivo
que estende a regra também para a telefonia celular. Integrante da
comissão, o deputado Welinton Prado, do PT mineiro, afirma que esse
clamor popular é fundamental para garantir a aprovação da proposta: "Esse é o maior sentimento de todos os
consumidores do Brasil. Há um grande clamor popular para o fim da
assinatura básica, que é uma cobrança injusta. Essa taxa foi criada
durante a privatização de 1998, e, desde 2006, não deveria existir mais
porque nós já pagamos para a estruturação de todas as redes e de todas
as linhas. Hoje temos em torno de 50 milhões de linhas de telefone no
nosso país e mais de 10 milhões de linhas estão ociosas. Não tem mais
necessidade de fazer a expansão da rede porque nós já pagamos, já
custeamos". A proposta tramita na Câmara desde
2001. O presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação,
deputado Eduardo Azeredo, do PSDB mineiro, explica que a principal
resistência ao projeto parte das prestadoras dos serviços de telefonia: "Existem interesses sendo contrariados.
Evidente que milhões de telefones pagando 40 a 50 reais por mês têm um
valor econômico muito grande. Existe também o risco de que as operadoras
se desincentivem de instalar telefone fixo não tendo essa cobrança e
que a qualidade possa cair. Mas é para isso que existe a Anatel. A
Anatel foi criada para fiscalizar as operadoras como um todo". A proposta ainda deveria passar por uma
comissão especial, mas basta a aprovação de um requerimento de urgência
para que a matéria vá direto à análise do Plenário, como lembra o
deputado Welinton Prado: "É uma luta de Davi contra Golias e a
gente tem a esperança de que Davi vai ganhar, os consumidores
brasileiros vão ganhar, porque é uma cobrança injusta, ilegal e imoral".Os principais canais da Câmara de
contato direto com os deputados funcionam, gratuitamente, no telefone
0800-619619 e no Fale Conosco, disponível no portal www.camara.leg.br,
ambos sob a responsabilidade da Coordenação de Participação Popular da
Câmara.
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