By: INTERVALO DA
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Texto: Adriano Faria (Radio Senado)
A emoção tomou
conta da sala de reuniões da Comissão de Direitos Humanos, presidida
pelo senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul. Representantes de
associações em defesa dos autistas comemoraram a aprovação do projeto
que a cria Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista - síndrome caracterizada pela dificuldade
na interação social e por padrões repetitivos de comportamento. Pai de
uma menina com essa deficiência, o relator da proposta, senador
Wellington Dias, do PT do Piauí, explicou que um dos destaques do texto é
a garantia de matrícula no ensino regular para quem é autista. A escola, como sendo porta de entrada, é obrigada a aceitar a
matrícula. Em seguida, a partir daí, já dentro do sistema, é que se vai
tratar de como dar solução para aquele aluno, aquela aluna. O diretor de escola que se negar a matricular uma criança autista
poderá ser punido com multa de 20 salários mínimos e até com a perda do
cargo. O senador João Costa, do PPL do Tocantins, chegou a defender a
revisão dessa parte do projeto. Nós estamos punindo
a parte pequena, que são os professores, e não estamos punindo os
governadores. A política, às vezes na escola, é formatada pelos
governadores e pelos secretários de educação. No
final, João Costa aceitou os argumentos de outros senadores e também
optou pela aprovação do projeto. O que a Comissão de Direitos Humanos
votou foram as emendas da Câmara ao texto original, apresentado pela CDH
em abril do ano passado por sugestão da Associação em Defesa do
Autista. Como já foi aprovado pelos deputados, o projeto depende agora
do "sim" do plenário do Senado para depois ser enviado à sanção da
presidente da República e virar lei.
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