Um time formado por jovens, com média de idade de 24 anos, mas que está acostumado à pressão de um mata-mata. É esse o Santos que encara o Cerro Porteño-PAR, nesta quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), no estádio General Pablo Rojas, em Assunção, buscando uma vaga na final da Taça Libertadores. Para ter o direito de disputar a decisão, o Peixe precisa manter o bom desempenho que vem demonstrando até o momento em jogos decisivos. Como venceu o jogo de ida, quarta passada, no Pacaembu, por 1 a 0, o Alvinegro Praiano joga por um empate. Se os paraguaios devolverem o 1 a 0, a decisão vai para os pênaltis. O time da Vila Belmiro pode até avançar perdendo por um gol, desde que marque.
Bicampeão paulista e vencedor da Copa do Brasil do ano passado, o time atual começou a ser formado no fim de 2009, depois da saída de Vanderlei Luxemburgo. Neymar passou a ser titular absoluto (com Luxa era reserva) e o Peixe decolou. De lá para cá, disputou mata-mata em dois Campeonatos Paulistas (2010 e 2011), e na Copa do Brasil de 2010. Atualmente está na semifinal da Libertadores. Até o momento, o time tem se mostrado quase infalível. O único torneio eliminatório que perdeu nesse período foi a Copa Sul-Americana do ano passado. O clube relegou a competição a segundo plano e a disputou com um time misto - foi eliminado pelo Avaí ainda na primeira rodada.
Escalações:
Cerro Porteño: o volante Villareal deixou o treinamento da última terça-feira mancando e ainda não tem escalação confirmada. Burgos está de sobreaviso. É o único problema do técnico Astrada, que tem todos os jogadores à disposição. A escalação provável: Barreto, Piris, Uglesich, Pedro Benítez e César Benítez; Cáceres, Júlio dos Santos, Burgos e Ivan Torres; Fabbro e Bareiro (Nanni).
Santos: mais uma vez, não terá Paulo Henrique Ganso, que comandou a vitória santista sobre o Cerro, por 2 a 1, em Assunção, pela penúltima rodada da fase de grupos da Taça Libertadores 2011. Na ocasião, o Peixe, que precisava da vitória para se manter vivo na competição, jogou sem Neymar, Elano e Zé Eduardo. Suspenso, Ganso jogou por todos. Com estiramento na coxa direita, o maestro alvinegro dá lugar a Elano, que, como no primeiro jogo das semifinais, atuará mais adiantado. O lateral-esquerdo Léo, com uma lesão no tornozelo direito, não viajou para o Paraguai. Será substituído por Alex Sandro. Já o lateral-direito Jonathan, recuperado de lesão muscular na coxa direita, volta ao time. A escalação: Rafael, Jonathan, Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo e Elano; Neymar e Zé Eduardo.
Os números:
* Este será o sexto jogo entre Santos e Cerro Porteño na história da Taça Libertadores. São duas vitórias santistas e dois empates. Um desses triunfos, no dia 28 de fevereiro de 1962, é histórico. Nesse dia, na Vila Belmiro, o Peixe venceu por 9 a 1. Até hoje, é a maior goleada da competição.
* O Cerro Porteño disputou a semifinal da Taça Libertadores em 1973, 78, 93, 98 e 99. Nunca conseguiu ir além. Já o Santos foi semifinalista em 62, 63, 64 (entrou direto nas semi), 65, 2003 e 2007. Em 62, 63 e 2003 avançou à final.
* A última vez que uma das semifinais da Libertadores teve um confronto entre brasileiros e paraguaios foi em 2006, quando o Internacional eliminou o Libertad após um empate sem gols em Assunção e uma vitória por 2 a 0 em Porto Alegre.
Texto: Globoesporte – Foto:GloboEsporte
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