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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO Celular Seguro, serviço com o qual o governo federal pretende inibir roubos de smartphones,
poderá, num primeiro momento, ajudar a bloquear o acesso de bandidos à
linha telefônica e a aplicativos de bancos ao notificar terceiros sobre
crimes.
Mas ainda não será capaz de fazer dos aparelhos "um pedaço de metal inútil" na mão dos bandidos, como pretende o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A ferramenta já está disponível para Android, iPhone (iOS) e navegadores como Google Chrome e Microsoft Edge neste link – veja como usar .
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- 🚨 A proposta prevê que quem se cadastrar previamente e tiver o celular roubado, furtado ou perdido poderá registrar uma "ocorrência" no aplicativo;
- ↪️ O alerta será enviado, ao mesmo tempo, para operadoras de telefonia e bancos que participam da iniciativa;
- ⌚ Se a ideia se cumprir, a vítima perderá menos tempo para entrar em contato com cada instituição;
- ⛔ Por outro lado, não há garantia de bloqueio imediato. A associação de operadoras de telefonia fala em até 6 horas para encaminhar o pedido às operadoras e mais 1 dia útil para a linha ser bloqueada. Alguns bancos participantes citam bloqueio imediato, mas outros têm prazo de até meia hora, a partir do recebimento do alerta feito pelo app.
- 📱 Outra questão é que os aparelhos não ficarão totalmente inutilizados. Para isso, seria preciso que os sistemas também fossem bloqueados, mas entre os principais desenvolvedores, apenas o Google (dono do Android) é citado como parceiro. Ao g1, Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, disse que a pasta está conversando com a Apple, dona do iOS, que é o sistema operacional dos iPhones.
O diretor de tecnologia da empresa de telecomunicações Sage Networks,
Thiago Ayub, disse que o esforço é bem-vindo, mas lembrou que outras
iniciativas já foram burladas por criminosos. "Se burla semelhante
ocorrer novamente, essa nova iniciativa terá sua eficácia reduzida",
disse.
Ele também destacou a importância de incluir fabricantes de celular e desenvolvedoras de sistemas no programa do governo.
O presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, Hiago
Kin, alertou para possíveis mal-entendidos que o novo app pode causar.
Para ele, usuários poderão se confundir e pensar que a ferramenta
bloqueia celulares, quando, na verdade, apenas notifica outras
instituições.
Na avaliação de Kin, é preciso evitar falhas de comunicação e monitorar
eventuais golpes que usem o nome do Celular Seguro, para não trazer
mais prejuízo aos usuários.
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O Celular Seguro deverá agilizar notificações a terceiros sobre roubos,
furtos e perdas de celulares. Isso será feito por meio de parcerias
entre o governo e instituições como a Anatel, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e instituições financeiras.
O governo federal também prevê ampliar a parceria com operadoras de
celular para bloquear o chip – e não apenas o celular – e impedir o
recebimento de mensagens de texto que permitem recuperar senhas de redes
sociais, por exemplo.
A expansão deverá ser implementada até 9 de fevereiro de 2024, informou
o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli. Ele afirmou ao g1 que iFood, Uber, 99, Mercado Livre e Nubank também deverão aderir ao programa.
"A pessoa que roubou o aparelho não vai conseguir usar os aplicativos,
não vai acessar os bancos, não vai conseguir vender o aparelho", disse
Cappelli, ao g1. "A gente acredita que, com isso, vai desestimular o
interesse por esse delito e também pela receptação".
Quem está trabalhando com o governo?
- Anatel: coordenação entre operadoras de telefonia e ABR Telecom;
- ABR Telecom: encaminhamento para as operadoras participantes (Algar Telecom, Claro, Datora Telecom, Emnify Brasil, Sercomtel, Surf Telecom, TIM, Vivo/Telefônica);
- Febraban: coordenação entre as instituições financeiras;
- Banco do Brasil, Banco Inter, Banco Pan, Banco Safra, Bradesco, BTG Pactual, Caixa, Itaú, Santander, Sicoob, Sicredi e XP Investimentos: interrupção do acesso aos seus aplicativos.
- Google (Android), 99 Táxi, iFood, Zetta, Uber e Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee): assinaram protocolo de intenções para adesão do projeto em breve.
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