Mãe manda 'pedido de socorro' à polícia por causa do vício do filho: 'Está me matando'

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Texto: G1 – Imagem: Divulgação

Uma nova droga sintética, conhecida por vários nomes - K2, K4, K9, Spice, Space - está se espalhando pelas ruas de São Paulo e, como seu consumo tem crescido principalmente entre os mais jovens, o sofrimento é grande em muitas famílias.

A situação ficou tão complicada na casa da dona de casa Regina Aparecida, mãe de cinco filhos, que ela resolveu mandar uma carta à polícia pedindo ajuda.

"Escrevo essa carta que é um pedido de socorro. Tenho um filho que está me matando", falou nela.

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A carta foi parar na Divisão de Capturas da Polícia Civil de São Paulo, nas mãos da delegada Ivalda Aleixo, que após ligar para Regina, fez uma visita à casa dela. Os dois filhos mais novos de Regina têm problemas com drogas; o caçula está preso. Marcio, de 22 anos, motivou o pedido de ajuda e foi ouvido.

"O cérebro fica tomado, fica balançando sozinho. Parece que o olho fica tremendo, mas isso tudo é por causa do cérebro, porque eu estou fumando. Na hora que você fica amarelo assim, sabe que é o K2. Quando chega na ponta, fica um mel, né? Aí todo mundo fuma e não tem como sair. Aí tem que arrancar com a faca", contou.

Dona Regina lamentou:

"Não é um mau menino, mas quando usa essa droga é terrível. Primeiramente, o cérebro não funciona. Ele fica sentado e, quando usa demais, começa a acelerar o coração. Foi aonde, semana passada, ele caiu da cama. Ele sentou e quando eu fui ver ele já estava no chão. 

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E ele fica, assim, me olhando quando não me reconhecesse. Eu me sinto cada vez mais fraca, mais cansada com essa situação, né? De ver ele se acabando e eu me acabando junto também, né?".

Além dos filhos, o ex-companheiro de Regina, Renato Damásio, de 46 anos, também tem problemas com a droga e mora com eles de favor. Quando a equipe do Profissão Repórter esteve novamente na casa da família, ele estava indo vender um barbeador elétrico para, segundo ele, "comprar pão, mortadela, cigarro e K2". Ao voltar, ele mostrou como é a substância: 

"Esse é o verdadeiro K2, a chupeta do diabo. Essa aqui é a droga maldita", afirmou, contando o que está sentindo e se emocionando: "Culpa, né? Um pouco. Sentimento de culpa adoidado."

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