sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Acadêmicos da Unicentro organizam protesto contra atraso das aulas



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: REDE SUL DE NOTICIAS Imagem: Rede Sul de Noticias

Acadêmicos da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) estão sendo mobilizados para um protesto na segunda feira (19), em frente à Instituição, a partir das 7h30. A intenção é mostrar o descontentamento provocado pelo atraso no início do ano letivo, por falta da contração de professores colaboradores que representam 30% dos docentes.
De acordo com a ativista Bruna de Souza Pinto, que lidera o movimento, os acadêmicos estão sendo convidados por redes sociais, grupos no WhatsApp, e outros aplicativos. “Estamos fazendo cartazes, faixas, e no dia decidiremos em conjunto se ficaremos só na universidade ou se sairemos às ruas”. Bruna fez parte do movimento que ocupou a universidade em 2016.
Uma reunião realizada na quinta (16) entre pró-reitores, diretores de Campus e diretores dos Setores de Conhecimento decidiu pelo adiamento das aulas. De acordo com o vice reitor, Osmar Ambrosio, a administração da Universidade vem tentando obter a autorização para contratar os professores temporários desde o segundo semestre do ano passado, de modo a garantir começo do ano letivo dentro da normalidade. “Sem a referida aprovação, aproximadamente 700 turmas permanecem sem professor, representando aproximadamente 1/3 do total de turmas da instituição”. Segundo Ambrosio, a Unicentro possui um número de docentes concursados que é de 560 e que não mudou ao longo dos últimos meses. “Ainda assim, temos um déficit de horas-aula que precisamos suprir ano a ano com docentes colaboradores, profissionais esses que são extremamente importantes para a comunidade acadêmica”.
Em 2017, com a implantação pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE/PR) de um sistema de gestão chamado SIAP, as contratações somente podem ser efetivadas mediante a apresentação de anuência de vagas ou decreto autorizativo do governador. A primeira opção já foi utilizada pela Unicentro para a renovação de contratos de colaboradores que atuaram ainda em 2016.
Segundo Ambrosio, a Universidade, no momento, tem cerca de 6,4 mil horas de professores colaboradores regularizadas (por conta das renovações), restando 4,4 mil horas ainda em aberto, que necessitam da autorização em questão.
“Nós avaliamos a falta de professores curso por curso e chamamos a reunião para que, de modo coletivo, possamos decidir o que fazer”, elucidou o vice-reitor logo na abertura da audiência.
As horas em aberto, que serão distribuídas entre mais de 100 professores colaboradores assim que a contratação for liberada, atingem todos os três campi e as unidades avançadas. Do mesmo modo, todos os Setores e Departamentos Pedagógicos são afetados, em maior ou menor escala, pela falta de docentes. Em alguns casos, como Farmácia, cerca de 50% das turmas ainda estão sem professor. “Nossa maior preocupação é com o alunado. Acreditamos que o adiamento causará menos transtornos que o início das aulas com uma série de horários e turmas sem professores para ministrar as disciplinas”.
Na sexta feira (24), o assunto voltará a ser discutido na reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). 
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