By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Fabio Rodrigues (G1)
Como chegar aos 100 anos saudável, com disposição, boa memória e muito humor? Para uma idosa de Rio Claro (SP) que completou um século de vida na quarta-feira (25), a fórmula se resume a uma vida simples, de trabalho, fé em Deus, amor à família e também ao próximo. Sem problemas de saúde, a pensionista ainda revelou ao G1 que não abre mão de uma cervejinha aos domingos.
"O segredo é querer o bem, não brigar e ajudar as pessoas. Já passei muitas dificuldades financeiras, mas nunca deixei de ajudar. Mesmo que desejem o nosso mal, nunca devemos desejar o mal para elas. Acho que esse é o segredo”, afirmou a idosa centenária rioclarense.
Vitalidade
Nascida em 25 de janeiro de 1917 e registrada como Annunciata Rotta Baptista, a idosa gosta de ser chamada de Anita, apelido que ganhou do pai na infância.
Viúva há 16 anos, ela mora atualmente no bairro Cidade Nova com a única filha, de 76 anos, fruto de um casamento que durou 63 anos, e com uma das netas -- são três no total e três bisnetos.
Brincalhona, dona Anita contou que nunca teve o desejo de viver tanto tempo assim. “Quando eu tinha 80 anos, nas consultas de rotina os médicos falavam que eu ia longe, mas eu nunca quis chegar aos 100. É muito tempo, né?!”, disse a idosa.
A filha, Neusa Aparecida Baptista, se impressiona com a vitalidade da mãe, que tem apenas um problema na vista direita e que toma remédios para o controle de pressão e colesterol. "Os médicos dizem que ela tem mais saúde que eu", brincou.
Rotina simples
Dona Anita é bem ativa. Religiosa, ela acorda todos os dias às 6h30 para assistir à missa e logo após começa seu ritual de orações. Durante o dia, ajuda a filha na cozinha e adora preparar pão caseiro. Outra distração é lavar louças. "Adoro arear panelas, deixo todas brilhando", contou.
Apesar de não ter o mesmo apetite de tempos atrás, a idosa disse que não tem restrições para se alimentar e come de tudo. Gosta muito de torresmo e não dispensa uma latinha de cerveja aos domingos, bem como uma boa taça de vinho suave esporadicamente.
Trabalho e casamento
A viúva contou que passou parte da infância na fazenda da família e que morou em Pirassununga e São Pedro. Aos 12 anos, ela começou a trabalhar na colheita de café e aprendeu a fazer de tudo um pouco na propriedade do pai. Dona Anita também trabalhou em uma olaria e disse que já chegou a fazer mil tijolos por dia.
Quando completou 19 anos, a idosa conheceu o seu grande amor, único namorado que teve na vida e que foi escolhido pelo avô. "Ele me disse que eu estava ficando velha e que precisa me casar", lembrou. Ao ver Afrodizio Gonçalves Baptista pela primeira vez, dona Anita se apaixonou. Após um ano de namoro eles se casaram.
Sonho realizado
Dona Anita voltou a morar em Rio Claro com o objetivo de conquistar a casa própria. Para isso, o casal economizou como pôde. Para ajudar na renda, ela começou a trabalhar como costureira.
Também fazia crochê e ajudava o marido a recuperar móveis. “Ele era pintor na rede ferroviária e como a renda era pouca fazíamos as restaurações para complementar. Os clientes ficavam muito satisfeitos”, contou.
Como muito esforço, ela e o marido conseguiram realizar o sonho e compraram um imóvel, mas um veículo eles nunca tiveram.
"Ele dizia que carro era uma família e que custava muito para manter. Na época não tínhamos condições, era tudo muito difícil", disse.
O marido de dona Anita morreu em 2000 devido a problemas cardíacos. Ela contou que foi muito feliz durante os 63 anos de união e que o companheirismo ajudou a superar os desafios da vida a dois. “Éramos muito amigos. Acredito que o que falta para os casais hoje em dia é respeito, compreensão e amor”.
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