terça-feira, 6 de novembro de 2012

Focos de raiva em Guamiranga e Teixeira Soares



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Radio Najua Imagem: Divulgação

A raiva é transmitida por cães, gatos ou morcegos quando mordem ou arranham. A principal forma de transmissão é através de morcegos hematófagos contaminados. Desde o ano passado já foram confirmados mais de 20 casos de raiva na região Centro-Sul. Dois deles foram identificados nesta semana nas cidades de Teixeira Soares, no assentamento Chê Guevara, na divisa com o município de Ponta Grossa, e na localidade de Guamirim em Guamiranga. A informação foi confirmada pela médica veterinária da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Adapar) de Irati, Cristina Barra do Amaral Bittencourt. Cristina diz que os produtores rurais devem aproveitar o lançamento da segunda etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa- que teve início no dia 1 de novembro e que será encerrada no fim do mês- para intensificar os cuidados e fiscalização, ou seja, imunizando todos os animais da propriedade. Essa medida, segundo ela irá evitar possíveis casos de contaminação e proliferação da raiva na região.
Vacinação
A médica veterinária lembra que devem ser vacinados tantos animais domésticos como cães e gatos, como de médio e grande porte, sejam eles bovinos, caprinos, ovinos ou suínos. Quando confirmados os focos, são visitados e orientados os produtores em uma extensão de 12 quilômetros de onde aconteceu o caso. As pessoas que entraram em contato com o animal são encaminhadas ao serviço público de saúde, já que a doença é transmitida para humanos e pode ser fatal. “São visitadas todas as unidades num raio de 12 km. Repassamos recomendações sobre como imunizar seus animais e também em relação à fiscalização das pessoas que tiveram contato com animais raivosos. Essas pessoas são encaminhadas para postos de saúde para devidas providências e a divulgação dessa vacina”, salienta Cristina. Segundo ela, mais de 130 propriedades foram visitadas na cidade de Imbituva. A varredura ocorreu nas localidades de Paulistas, Barro Preto, Faxinal dos Galvão, Ribeira, São Miguel, Faxinal dos Penteados e Aterrado Alto.  “Como foram em locais variados decidimos abranger a fiscalização para todo o município. No total, encontramos três abrigos que estavam com morcego. Tivemos três pessoas encaminhadas para a saúde publica em fevereiro. Alguns tomaram soro e outros foram vacinados, pois cada caso depende da contaminação”, explica.
Abrigos
Uma das maneiras de evitar a proliferação da doença é ter o controle dos morcegos hematófagos e seus abrigos. A médica veterinária ressalta que os morcegos podem estar escondidos em abrigos naturais: cavernas, tocas, casas e estufas de fumo abandonadas, bueiros e pontes; ou artificiais: lugares escuros, úmidos ou embaixo da linha do trem, por exemplo. De acordo com dados da Seab de Irati, até o mês de março foram identificados, 19 abrigos de morcegos em Irati, 11 em Teixeira Soares, nove em Imbituva, 11 Guamiranga, seis em Mallet, dois em Rio Azul e um em Rebouças. Desses foram capturados, 11 morcegos em Teixeira Soares, três em Imbituva e sete em Guamiranga, e outro cinco animais entre cavalos e bois, foram identificados com raiva. Profissionais da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), que são habilitados para o trabalho, fazem a captura dos morcegos. Todos usam equipamentos de segurança e são vacinados contra a raiva, explica Cristina.
Captura e hábitos  Cristina conta que os morcegos são capturados com redes e presos em gaiolas. “Existem lugares que nós podemos entrar e fazer a captura durante o dia. Usamos redes especiais parecem fios de cabelo. Os Morcegos são capturados e colocando em gaiolas. Em seguida usamos uma pasta vamperecida no pescoço deles antes de retornarem ao abrigo”, afirma. Vale destacar que os morcegos possuem o mesmo hábito dos gatos, pois lambem um ao outro. Dessa forma, é justificado o uso da pasta vamperecida que diminui a disseminação da doença. A médica veterinária lembra que existem alguns morcegos carnívoros (não transmissor da raiva), mas que também podem desenvolver a doença depois de serem contaminados pelas espécies hematófagas.  “A raiva dá muda ou paralítica como costumamos dizer, ou seja, os animais se isolam do rebanho. Eles mudam de comportamento, não andam direito e apresentam vários sinais clínicos”, ressalta Cristina, explicando as formas de identificar se o animal ou rebanho está contaminado.


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