domingo, 4 de agosto de 2024

Bebê que saiu ileso de carro prensado por caminhão no Paraná sobreviveu a cirurgia de separação de gêmeo siamês há cinco meses: 'Vida nova'

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: RPC
O bebê que saiu ileso após o carro em que ele estava ser prensado por um caminhão em um barranco na Serra da Esperança, trecho da BR-277 em Guarapuava, região central do Paraná, sobreviveu a uma cirurgia de separação do gêmeo siamês cinco meses antes. 
Na viagem em que ocorreu o acidente, a família estava indo buscar o segundo filho, que teve que ficar um tempo a mais no hospital.
"Agora é vida nova! [...] Foi a prova, mais uma vez, que Deus existe, que milagre existe. A gente está bem; nós três saímos ilesos, literalmente", comenta a mãe, Vanessa de Moraes Oliveira.
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A família é de Campo Mourão, centro-oeste do Paraná, e estava indo a Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, na terça-feira (30).
O caminhoneiro contou que estava atrás do carro e perdeu o freio, colidindo com o automóvel e o empurrando contra o barranco. 
No veículo, junto com os pais estava Luiz Otávio, que nasceu em setembro de 2023 unido pela pele e músculos do quadril ao irmão gêmeo Luiz Henrique.
Em fevereiro ambos passaram por uma cirurgia de separação no Hospital do Rocio. O primeiro recebeu alta em maio, mas o outro precisou de mais cuidados e foi liberado do hospital no dia em que a família sofreu o acidente. 
Para Vanessa e o marido, Guilherme Burach, conseguir reunir a família inteira dez meses depois do nascimento dos bebês e sair ilesa de um acidente é motivo de comemoração dupla.
Na quarta-feira (31), um dia após o susto na rodovia, eles conseguiram ir ao hospital para levar Luiz Henrique para casa.
"Hoje está sendo o melhor dia das nossas vidas. Vai ficar marcado pra história porque a gente esperou muito por esse momento, e graças a Deus hoje chegou o grande dia da gente levar os nosso dois filhos pra casa", comemorou a mãe. 
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Segundo o médico pediatra Edimilson Scharam, que atendeu os irmãos siameses, o caso deles é único.
"A gente não encontrou na literatura nenhum caso igual. A cirurgia foi bem complexa, com várias equipes trabalhando juntas: cirurgia pediátrica, duas equipes de neurocirurgia, duas equipes de anestesista... A hora que separamos os bebês cada um foi para mesas separadas", conta ele, destacando que a cirurgia plástica também foi fundamental.
Porém, enquanto que Luiz Otávio pode ser liberado três meses após a cirurgia, Luiz Henrique teve complicações intestinais ligadas à condição siamesa que fizeram com que ele tivesse que passar por mais duas cirurgias e uma temporada a mais no hospital.
Como os pais praticamente se mudaram para Campo Largo para acompanhar a evolução da saúde dos filhos, a alta do segundo bebê foi comemorada não só pela família, mas também por toda a equipe do hospital.
"Foi uma alegria pra todos, porque foi uma luta muito grande", ressalta o médico. 

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