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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid desmaiou após saber que voltaria para a prisão por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma fonte disse ao blog que socorristas precisaram entrar na sala para ajudá-lo. Cid conseguiu se recuperar.
O militar saiu preso do STF após prestar novo depoimento nesta
sexta-feira (22). Segundo o supremo, ele foi detido pelo descumprimento
de medidas judiciais e por obstrução de justiça. A Corte não detalhou
quais medidas foram descumpridas.
A prisão acontece após o vazamento de áudios em que Cid afirma ter sido pressionado pela Polícia Federal
durante os depoimentos. Nos áudios, o militar também faz críticas ao
Moraes.
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Antes de ser preso, Cid foi ouvido por cerca de 30 minutos por um juiz
auxiliar de Moraes sobre o conteúdo dos áudios revelados pela revista.
Segundo o STF, após o depoimento, Cid foi encaminhado ao Instituto
Médico Legal pela Polícia Federal. Também foram expedidos mandados de
busca e apreensão na residência do militar.
Mauro Cid está entre o grupo de militares que são conhecidos como "kids pretos"
— também chamado de "forças especiais" (FE). Eles são militares da
ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais.
Em fevereiro, durante uma operação, o tenente-coronel Guilherme Marques
de Almeida, então comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas
em Goiânia, também desmaiou e precisou ser socorrido.
Os áudios
Nas gravações divulgadas pela "Veja", Cid acusa Moraes, que homologou a
delação dele, e agentes da PF de estarem com a "narrativa pronta" – ou
seja, de irregularidades ao longo do acordo de colaboração. Segundo Cid,
os investigadores "não queriam saber a verdade".
O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, afirmou ao blog da Camila
Bomfim que os áudios revelam um "desabafo", já que Cid vive um momento
de angústia "pessoal, familiar e profissional".
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Primeira prisão
O ex-ajudante de ordens foi preso pela primeira vez em maio de 2023, na operação que investiga falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro, parentes e assessores.
Em setembro, após seis meses detido, Cid fechou um acordo de
colaboração premiada com a Polícia Federal, que foi homologado pelo
ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, foi solto.
No processo de delação, ele prestou uma série de depoimentos que
auxiliaram a PF em apurações contra o ex-presidente, como a investigação
sobre uma tentativa de golpe de Estado articulada após as eleições de
2022, para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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