VEREADOR ALGACI TÚLIO PODERÁ PERDER O MANDATO

O Conselho de Ética do PMDB de Curitiba acatou nesta quinta-feira (10) a representação contra o vereador Algaci Túlio. Em 15 dias, o colegiado deve apresentar um parecer à Mesa Executiva da legenda que terá um prazo para analisá-lo, ouvir o parlamentar e, então, decidir qual atitude tomar. O parlamentar afirmou que não foi notificado da decisão pelo partido e por isso não iria se pronunciar. O vereador e comunicador Algaci Túlio foi citado na série de reportagem “Negócio Fechado” da RPC TV e do Jornal Gazeta do Povo. Ele confessou que os parlamentares que atuam em meios de comunicação receberam verbas públicas para divulgar ações da Câmara de Curitiba. O vereador explicou que os parlamentares compravam notas fiscais de outras empresas para emiti-las em nome da Oficina da Notícia, empresa de Cláudia Queiroz, esposa do ex-presidente da Casa João Cláudio Derosso (sem partido).
O pedido de desligamento de Túlio foi protocolado por Rafael Xavier, integrante da ala jovem do PMDB e presidente da Fundação Ulysses Guimarães que, segundo definição do estatuto do partido, é uma entidade de cooperação do Partido, intituída com a finalidade desenvolver projetos de pesquisa, doutrinação e educação política. “A Fundação prega a ética e a politica como vetor de transformação social. Seria um contrassenso da minha parte não tomar esta atitude’ afirmou Xavier. Ainda segundo ele, as declarações do vereador criaram mal estar dentro do partido. A relatoria da representação foi atribuída pelo presidente do Conselho de Ética, Renato Marin, à filiada Fátima Jacob. Caso o Conselho opte pelo desligamento de Algaci Túlio, o vereador pode perder o mandato já que a vaga pode ser pleiteada pela legenda.
Roberto Hinça (PSD) convenceu partido que não se beneficiou
Outro vereador que passou pela avaliação do Conselho de Ética do partido que integra foi Roberto Hinça (PSD). O colegiado decidiu na quarta-feira (9) manter o vereador na legenda. Segundo o presidente do Conselho, Luiz Chemin Guimarães, as explicações foram suficientes. Hinça foi citado na série “ Negócio Fechado” por ter contratado como funcionário comissionado em seu gabinete o dono da gráfica Men & Cia, Laércio Men. A empresa prestou serviços de publicidade para a Câmara.

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Texto: Bibiana Dionísio (G1 Noticias PR) – Imagem: G1 Noticias PR