By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: RPC
Mais de oito mil estudantes de escolas particulares do Paraná foram
transferidos para escolas da rede pública logo após o início da pandemia
do coronavírus.
O volume representa 1,85% do total de alunos matriculados na rede
privada do estado, segundo a presidente do Sindicato das Escolas
Particulares do Paraná, Esther Cristina Pereira.
Ao todo, segundo ela, são 457.858 em todo o Paraná, sendo que 149.390 estão concentrados em Curitiba.
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Essa mudança da rede particular para a estadual tem acontecido, ainda
conforme Esther, porque alguns pais ficaram desempregados por conta da
pandemia e, por isso, não puderam mais manter as mensalidades.
Tanto as aulas presenciais da rede privada, quanto da estadual, estão
suspensas no Paraná por determinação do governo. Ambas atuam com aulas
online e atendimento remoto.
Matrículas pela internet
Por causa das transferências, a Secretaria de Estado da Educação do
Paraná (Seed) reforçou o trabalho nos núcleos regionais para que os pais
possam fazer a matrícula pela internet.
Segundo o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, a procura
pela rede estadual tem acontecido por conta da qualidade das aulas
remotas.
Ele disse ainda que a maioria das escolas do estado têm vagas em aberto
para estudantes. "E nós só aceitamos a matrícula quando há vaga para a
sala de aula física. Então, todas as matrículas aceitas estão sendo
feitas em um cenário de fim da quarentena e não somente nas aulas
online", destacou Feder.
O pagamentos das escolas particulares
Para a presidente do sindicato, a cobrança pela mensalidade mesmo sem
as aulas presenciais é necessária para bancar 70% da folha de pagamentos
e impostos.
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"A partir do momento que os pais deixam de pagar a escola, nós teremos
um problema muito grande porque temos que continuar pagando os
professores e os outros custos",afirmou.
Esther ressaltou que as instituições não recebem nenhum auxílio do
governo e por isso não podem oferecer muitos descontos. "Aqui no Paraná,
nós desoneramos por ano R$ 7 bilhões para o governo. E mesmo nessa
situação, nós não tivemos nenhum auxílio do estado", disse.
"Chega a ser um pouco injusto. Nós percebemos que o poder público tem
uma preocupação grande com dinheiro e não com a educação porque bares,
shoppings e outros estabelecimentos estão abertos, mas as escolas não",
destacou.
Segundo Esther, apesar de as aulas não ocorrerem presencialmente, a
qualidade do ensino continua sendo a mesma. "Não é porque a escola não
está atendendo presencialmente que nós não estamos fazendo todo um
movimento", afirmou.
Orientações do Procon
A suspensão das aulas durante a pandemia do novo coronavírus deixa
muitos pais em dúvida se continuam pagando as mensalidades de escolas
particulares e de cursinhos. Algumas instituições anunciaram que darão
desconto, mas há casos que não há negociação.
O Procon Paraná orienta que a negociação deve ser fundamental para se chegar a uma medida boa para os dois lados.
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