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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: BBC "A Europa está agora mais perto da guerra do que esteve desde a fragmentação da antiga Iugoslávia."  A advertência é do diplomata sênior da União Europeia
 com quem acabei de conversar extra-oficialmente sobre as atuais tensões
 com Moscou, em relação a seu enorme contingente militar na fronteira 
com a Ucrânia. 
 
 O clima em Bruxelas é de nervosismo. Há um medo real de que a Europa 
possa estar em uma espiral em direção à sua pior crise de segurança em 
décadas. 
  Mas a ansiedade não está totalmente focada na perspectiva de uma longa e prolongada guerra em solo com a Rússia sobre a Ucrânia. 
 Poucos aqui acreditam que Moscou tem o poderio militar, não importa o dinheiro, ou o apoio popular interno para isso. 
  É verdade que a União Europeia adverte o Kremlin sobre "consequências extremas", caso a Rússia leve a cabo uma ação militar na vizinha Ucrânia. 
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A nova ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock,
 esteve em Kiev e Moscou dizendo exatamente isso na segunda-feira. 
 
 A Suécia deslocou centenas de tropas no fim de semana para a ilha de 
Gotland, no Mar Báltico — que é estrategicamente importante. E a 
Dinamarca reforçou sua presença na região alguns dias antes. 
 
 As crescentes tensões também reacenderam o debate na Finlândia e na 
Suécia sobre se deveriam aderir agora à Organização do Tratado do 
Atlântico Norte (Otan). 
 Mas a principal preocupação no Ocidente — Washington, Otan, Reino Unido e União Europeia — é menos a possibilidade de uma guerra convencional com a Ucrânia,
 e muito mais, a perspectiva de que Moscou está tentando dividir e 
desestabilizar a Europa — abalando o equilíbrio do poder continental a 
favor do Kremlin. 
 
 O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, me disse no final 
do ano passado que o Ocidente precisava "acordar de seu sono 
geopolítico" em relação às intenções de Moscou. 
  Outros países da União Europeia diriam que agora eles acordaram — e estão sentindo um cheiro de café bem forte. 
 
 Mas, como muitas vezes acontece quando se trata de política externa, os
 líderes do bloco europeu estão longe de estar unidos sobre qual plano 
de ação adotar precisamente. 
  Moscou nega — apesar do aumento significativo da presença de tropas na fronteira com a Ucrânia — que esteja planejando uma invasão militar. 
 
 Mas apresentou à Otan uma lista de exigências de segurança. 
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Culpando 
fortemente a aliança militar por "minar a segurança regional", Vladimir Putin insiste, entre outras coisas, que a Otan proíba a Ucrânia e outros ex-estados soviéticos de se tornarem membros da organização. 
  A Otan recusou categoricamente a exigência, e as três cúpulas realizadas por volta da última semana, entre a Rússia e os aliados ocidentais, não conseguiram chegar a um denominador comum. 
  O que Vladimir Putin planeja fazer a seguir não está claro. Mas o Ocidente acredita que o Kremlin investiu demais em suas manobras públicas sobre a Ucrânia para recuar agora, com as mãos abanando.
 O governo do presidente americano, Joe Biden, está esperando impacientemente por uma posição contundente da União Europeia sobre possíveis sanções, dependendo do plano de ação de Moscou: uma incursão militar na Ucrânia, ataques cibernéticos, campanhas de desinformação ou — como é considerado mais provável — uma miscelânea de ataques híbridos. 
  Os otimistas da União Europeia
 acreditam que o bloco concordará com uma série de possíveis sanções até
 24 de janeiro, na próxima reunião de chanceleres. Mas isso está longe 
de ser garantido. 
  Vários países da União Europeia
 estão hesitantes sobre o custo de eventuais sanções para suas próprias 
economias. Bruxelas normalmente discute a partilha de encargos, mas o 
resultado dessas negociações pode não agradar a todos. 
 Também há uma preocupação generalizada nos países da União Europeia sobre o fornecimento de gás da Rússia. Especialmente com os preços já tão altos para as famílias europeias neste inverno. 
 Negociações 
  Washington diz que está procurando maneiras de amenizar o impacto sobre o fornecimento de energia. 
  E quer apressar a União Europeia
 a concordar com uma posição firme sobre sanções — sabendo muito bem 
que, em política externa, a aprovação precisa ser unânime entre os 
estados membros.
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 Diplomatas de Bruxelas descrevem o governo do Reino Unido, de forma 
levemente maliciosa, como "provavelmente envolvido demais em escândalos 
políticos domésticos para ter a geopolítica no topo de suas prioridades 
agora". Mas admitem abertamente que o Reino Unido está totalmente 
engajado na questão Rússia-Ucrânia dentro da Otan. 
 Na segunda-feira, o secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, anunciou que a Grã-Bretanha está fornecendo à Ucrânia
 mísseis antitanque de curto alcance para autodefesa. Ele disse que uma 
pequena equipe de tropas britânicas também forneceria treinamento. 
  Wallace já havia alertado Moscou anteriormente de que haveria "consequências" para qualquer ataque russo à Ucrânia. 
  A Grã-Bretanha "enfrentaria os valentões", ele disse, não importa a distância do conflito. 
 
 Washington insiste que não há tempo a perder. Diz que o Kremlin está 
considerando uma operação de "false flag" — "preparando o terreno para 
ter a opção de criar um pretexto para a invasão" — ou seja, culpar a Ucrânia por um ataque que seria conduzido por agentes russos. 
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 Mas autoridades dos EUA dizem que Moscou está se preparando para 
repetir um padrão observado em 2014, quando acusou Kiev de abusos antes 
de forças apoiadas pelo Kremlin tomarem o controle da península 
ucraniana da Crimeia. 
  O território tem maioria de língua russa. E, em seguida, votou para ser anexado à Rússia em um referendo que a Ucrânia e o Ocidente consideram ilegal. Milhares de pessoas morreram no conflito que se seguiu no leste da Ucrânia. 
  O Ocidente está se preparando para o que pode acontecer agora. 
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