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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: REVISTA FORUM – Imagem: Fellipe Sampaio/STFNuma decisão sem sentido e que levanta suspeitas óbvias até dentro do
Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux solicitou, na última
semana, a devolução de seu voto no julgamento do “núcleo crucial” da
trama golpista engendrada entre o final de 2022 e o começo de 2023,
atrasando a publicação do acórdão que formaliza a sentença. A
justificativa oficial apresentada por Fux é a “necessidade de realizar
ajustes gramaticais” no documento, mas a manobra tem gerado
questionamentos, já que ela impede o avanço da finalização do processo
que levará à prisão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os outros sete
cúmplices condenados em 11 de setembro.
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O acórdão, documento essencial que consolida o resultado do julgamento e
dá início ao prazo para recursos das defesas, depende da entrega de
todos os votos dos ministros da Primeira Turma do STF. Enquanto os
demais magistrados já enviaram seus votos à Secretaria Judiciária ao
longo de outubro, Fux, que foi o primeiro a apresentar seu voto no
início do mês, pediu sua devolução para supostas correções. Com isso, a
finalização do acórdão segue sem previsão, travando o andamento do
processo.
De acordo com o regimento interno do STF, a publicação do acórdão deve
ocorrer em até 60 dias após o julgamento. Caso o prazo seja descumprido,
a Secretaria Judiciária pode utilizar a transcrição dos votos lidos
durante a sessão. No entanto, a demora na entrega do voto revisado por
Fux adia indefinidamente esse marco processual, essencial para que as
defesas apresentem embargos em até cinco dias após a divulgação do
documento.
O atraso gerado pela decisão de Fux impacta diretamente a possibilidade
de prisão de Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por
crimes contra a democracia. A jurisprudência do STF determina que a
prisão definitiva só ocorre após a rejeição de um segundo embargo das
defesas, etapa que depende da publicação do acórdão. Assim, a demora na
liberação do documento pode postergar a execução da pena, inicialmente
aguardada para o final deste ano.
A Fórum ouviu de forma reservada dois juristas
consagrados sobre esse procedimento adotado pelo ministro Luiz Fux. Eles
dizem que, em tese, embora seja algo discutível, Fux teria um prazo de
no máximo 60 dias para a devolução do voto à secretaria do STF. Os dois,
no entanto, não acreditam que o magistrado se prestaria a tal papel, e
preferem crer que ele entregará de volta o documento em alguns dias.
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Fux,
único ministro a votar contra a condenação de Bolsonaro, apresentou um
voto extenso, com 429 páginas, dedicando mais da metade do texto a
fundamentos teóricos sobre os cinco crimes imputados aos réus. Ele
defendeu que as ações do ex-presidente após a vitória de Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) nas eleições não configuraram tentativa de golpe
contra o Estado Democrático de Direito, mas apenas uma inconformidade
com o resultado eleitoral. O ministro, no entanto, votou pela condenação
de outros réus, como o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro Walter
Braga Netto, por crimes relacionados à abolição do Estado Democrático,
algo totalmente sem sentido lógico.
A atitude de Fux, que passou
13 horas lendo seu voto durante o julgamento, um dos mais longos da
história do STF, reforça a percepção de que sua solicitação de revisão
pode ter motivações além das correções gramaticais declaradas. Nos
bastidores do Supremo, a demora na entrega do voto finalizado é vista
como uma estratégia para retardar o desfecho do caso, mantendo Bolsonaro
fora da prisão por tempo indeterminado.
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