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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: DivulgaçãoO julgamento da representação disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra o deputado estadual Renato Freitas (PT), que pode resultar em suspensão ou cassação do mandato dele, ficou para 2024.
O caso poderia ser finalizado nesta segunda-feira (11), durante reunião
do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná. Porém, o
deputado Do Carmo (União Brasil), vice-presidente do grupo, pediu vista,
ou seja, mais tempo para analisar o processo.
Com isso, a representação só será analisada após o recesso parlamentar, em janeiro do ano que vem.
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Foi neste mesmo processo contra Freitas que se tornou pública a existência um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) de Traiano, firmado em 2022, em que ele admitiu ter pedido e recebido propina.
No Conselho de Ética, houve votos divergentes sobre a denúncia de quebra de decoro parlamentar contra Freitas.
Um deles, do deputado e relator Matheus Vermelho (PP), determinava a Freitas a imposição de pena de advertência por escrito.
No documento, o relator conclui que a atitude do parlamentar foi
incompatível com o decoro, porém, levou em consideração a "preservação
da soberania popular das urnas e a inexistência de outras penalidades"
contra Freitas.
O outro voto que estava em pauta foi o da deputada Ana Júlia (PT), que
divergiu do deputado Vermelho e fez uma avaliação separada do caso.
A parlamentar pediu o arquivamento da representação.
Para Ana Júlia, não existem "motivos suficientes para aplicação de
sanções" contra Freitas porque a acusação "é vaga e não conseguiu
individualizar as supostas condutas tipificadas como quebra de decoro".
A deputada conclui que "está evidente a questão de perseguição e retaliação política" contra Renato Freitas.
O caso
A denúncia de Traiano contra Renato Freitas chegou ao Conselho de Ética
uma semana após o presidente da Alep ser chamado de corrupto durante
confusão na sessão plenária do dia 9 outubro de 2023.
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As alegações finais dele foram apresentadas pela defesa do deputado em
1º de dezembro, incluindo parte do processo que contém a delação do
empresário Vicente Malucelli, homologada pelo Tribunal de Justiça do
Paraná (TJ-PR).
A delação em questão revelou que Malucelli pagou propina a Traiano
e ao ex-deputado Plauto Miró, em 2015, sob prerrogativa de manter o
contrato da TV Icaraí, à época contratada para produção de conteúdo da
TV Assembleia.
Conforme a delação, o pagamento feito aos dois deputados estaduais somou R$ 200 mil.
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