By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
O policial militar Diogo
Coelho Costa, de 30 anos, foi interrogado por mais de quatro horas na
última quinta-feira (25) no Fórum de Colombo, na região
metropolitana de Curitiba. Acusado de matar a ex-mulher, Andrielly Gonçalves da Silva, 22, essa foi a primeira vez que ele falou
abertamente sobre o crime.
O corpo da jovem, que era estudante
de Direito, foi encontrado no começo de junho deste ano na Estrada da Graciosa,
um mês após o seu desaparecimento. Desde o princípio, por meio de declarações
do advogado, Diogo negou que teve envolvimento com a morte da ex-companheira.
De acordo com o advogado de defesa,
Luiz Roberto Falcão, o policial relatou que chegou por volta das 23h no
apartamento onde os dois estariam morando juntos. “Ele contou que, depois que
Andriely fez um trabalho da faculdade, eles acabaram discutindo e terminaram o
relacionamento. O Diogo saiu de carro e ela pediu que ele a deixasse na Rua
Cascavel, perto do terminal de ônibus”, disse ele em entrevista à Banda
B.
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Questionado sobre a relação entre
os dois, Falcão ainda declarou que o cliente não demonstrava ser possessivo ou
ciumento. “Ele nem olhava o celular dela nem nada. Durante todo o processo, não
houve nenhuma prova consistente que liga à autoria ao Diogo”, completou.
O que diz a acusação
Para a acusação, no entanto, a
história do policial tem muitas inconsistências. O assistente de acusação, o
advogado Herbert Rehbein, afirmou que o acusado mudou de versão várias vezes
desde o desaparecimento da estudante.
“Ele demonstrou que é culpado,
porque desvirtuou a audiência. Os argumentos que usou vão contra as provas dos
autos, o que mostra que ele mentiu novamente. Primeiro, ele contou que largou
Andriely em uma rodovia; depois, que ela se jogou do carro, e agora falou que a
deixou na Rua Cascavel, em Colombo”, comentou.
Além disso, segundo a acusação, a
informação de que Diogo e a jovem estavam morando juntos na época do crime
também não confere. “Ele disse que eles não estavam separados, o que não é
verdade. As provas testemunhais levam a crer que ele está sim mentindo”.
O advogado ainda declarou que,
apesar do laudo do Instituto Médico Legal não confirmar que o sangue encontrado
no carro de policial era de Andriely, a própria defesa já havia levantado essa
possibilidade anteriormente. “O laudo foi inconclusivo, mas o próprio Diogo
afirmou, na época, que havia sangue dela no veículo.
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Nós temos também a
presença de barro no coturno que o acusado usava naquela madrugada e no
automóvel, consistentes com o local onde o corpo foi encontrado. Diante de tudo
isso, é certo que ele será pronunciado e nós vamos ao julgamento”, finalizou.
Encerrada a fase de instrução,
defesa e acusação devem apresentar as razões nos próximos dias e a Justiça
decidirá, com base nas provas apresentadas, se Diogo será julgado pelo Tribunal
do Júri ou não. Ele permanece preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na
região metropolitana.
O caso
Andriely sumiu no dia 9 de maio emColombo, após conversar com um amigo por chamada de vídeo. Dez dias depois,
Diogo foi preso. Câmeras de segurança mostraram o momento em que o policial
saiu de casa com a jovem na madrugada do desaparecimento.
O corpo da estudante foi encontrado
em 8 de junho na Estrada da Graciosa. Devido ao estado avançado de
decomposição, os exames não conseguiram determinar a causa da morte.
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