By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
Um bebê de 30 dias foi levado para a Penitenciária Feminina
do Paraná (PFP) após a prisão da mãe, de 33 anos, nesta quarta-feira (26). A
detenção aconteceu dentro de um Centro de Referência de Assistência Social
(Cras) de Curitiba, em cumprimento de um mandado de prisão por conta do não
carregamento da tornozeleira eletrônica.
De acordo com a advogada Isabel
Kugler Mendes, presidente do Conselho da Comunidade da Execução Penal, a mãe é
mentalmente incapaz e dependente de crack, o que demonstra a ausência de
políticas públicas para acompanhamento posterior ao cumprimento da pena.
“Ela é
carrinheira, então deixava de carregar a tornozeleira por conta do seu
trabalho. É uma pessoa que não tem noção da responsabilidade de usar esse
equipamento e comentou que apenas dorme na casa da mãe. Ela é um exemplo do que
acontece hoje com o judiciário, que é o de encarcerar e não dar nenhum tipo de
assistência. Para o estado hoje é prende, cumpre a pena e acabou”, lamentou a
advogada em entrevista à Banda B.
Continua depois da
publicidade
Antes de ser levada para a PFP, a mãe ficou detida em uma sala da Delegacia de
Vigilância e Capturas (DVC) por questões burocráticas. Como o bebê não nasceu
na penitenciária, uma autorização foi necessária para a transferência.
A mãe foi condenada cinco vezes por
assalto, com penas que variam de dois a oito anos e nove meses. Ela é mãe de
outros quatro filhos que têm entre três e dez anos, mas as guardas foram
passadas judicialmente a tias e amigas.
Na decisão pela prisão, o juiz Ronaldo Sansone Guerra disse que apenas respeita
uma decisão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
“Em que pese as alegações de que
sua função laboral com reciclagem tornaria impossível o carregamento do
aparelho, a Agravada não apresentou em nenhum momento qualquer planejamento
para se adequar as imposições impostas pelo Juízo de Execução. […] O
cumprimento da pena em regime semiaberto sem obedecer às condições básicas,
como a utilização de tornozeleira eletrônica como forma de controle, conferem a
Executada condição de liberdade ainda não conquistada durante a execução da
pena”, afirmou o relator do processo, Antonio Carlos Choma, juiz substituto de
2º Grau.
Para Isabel Kugler Mendes, a mãe
deveria ter sido submetida pelo menos a um exame sobre a suas condições de uso
da tornozeleira. “O estado nem a isso se preocupa, temos certeza que o juiz e a
promotoria não possuem conhecimento do real estado mental dela”, disse.
Com a prisão, a Defensoria Pública
entrou com um pedido para que a pena fosse cumprida em prisão domiciliar, mas
ele foi negado pela Justiça.
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA
NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM
OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR
A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.