Erasto Gaertner inicia tratamentos de quimioterapia em Irati

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Texto: RÁDIO NAJUÁ – Imagem: Paulo H Sava (Rádio Najuá)

O Hospital Erasto Gaertner iniciou no último fim de semana os tratamentos de quimioterapia na unidade de Irati. Desde o último dia 15 de janeiro, a unidade também está recebendo os novos casos de câncer da região para a primeira consulta. O superintendente do Hospital, Adriano Lago, esteve em Irati na última semana. Ele elogiou o ritmo com que os atendimentos estão sendo feitos na unidade. “Está tudo dentro do planejado, tudo acontecendo como a gente esperava, a receptividade de quem já está sendo acolhido aqui para a gente é muito importante para fazermos pequenos ajustes, escutarmos muito o paciente e a população para fazermos um projeto modelado com a cidade e a região”, pontuou.
De acordo com Lago, 641 casos de pacientes da 4ª Regional de Saúde de Irati que fazem tratamento no Erasto em Curitiba foram revisados e boa parte deles receberá o tratamento aqui. “Este é um trabalho que estamos fazendo desde outubro do ano passado, e agora está começando a ter mais consistência”, declarou.
Em janeiro, a unidade iratiense do Erasto começou a atender casos novos de câncer. Somente nos primeiros 25 dias, foram feitos 85 agendamentos, distribuídos em diversos dias para atendimento, inclusive aos finais de semana. Somente no último sábado, 27, foram atendidos 18 pacientes das cidades da região. Em alguns finais de semana, o número de pacientes atendidos chegou a 22. “No nosso planejamento, a partir de março teremos um médico efetivo na unidade, diluindo melhor os atendimentos pela semana, e quem sabe acolhendo um número maior de pacientes que possam surgir”, comentou.
Conforme Lago, os atendimentos de casos de pacientes que precisam de quimioterapia em Irati já estão sendo agendados. “Estamos tomando o cuidado de fazer um a um, para que tenhamos desde o time que prepara os medicamentos em Curitiba, o transporte para chegar à cidade de Irati, o acolhimento e armazenamento destas medicações, a preparação com o paciente, tudo isto é um desenho de fluxo, com muitas pessoas revisando para que a gente faça, acima de tudo, com muita segurança, e principalmente com acompanhamento médico dentro da unidade. Nas próximas duas ou três semanas, nós já temos quatro ou cinco pacientes que farão isto até que a gente entre em uma rotina normal de agendamento, lembrando que a capacidade da unidade é para atender 25 pacientes em um dia de efusão”, contou.
De acordo com Lago, neste primeiro momento, será atendido um caso de quimioterapia por dia, para que a equipe possa fazer um levantamento de tudo o que precisa ser ajustado na unidade. Depois disso, os atendimentos serão feitos em uma escala maios, com todo o conforto necessário ao paciente. Sobre a transferência de pacientes da central de Curitiba para Irati, o superintendente ressaltou que cada um deles será avaliado para se definir quais deles têm condições para serem transferidos. Serão utilizados critérios médicos para esta seleção. 
“Por exemplo: nós não temos centro cirúrgico aqui em Irati, não temos leitos para internamento, não temos equipamentos de radioterapia também. Tudo isto, somado, são investimentos que giram em torno de R$ 50, 70 ou 80 milhões. Os pacientes que precisam destas estruturas mais complexas têm que ficar em Curitiba ou até mesmo passando por uma consulta em Irati, se precisar destas modalidades, precisa voltar para a capital. Aqueles que tenham protocolos clínicos médicos seguros para ficar aqui, seguirão nesta unidade”, frisou Lago.
Conforme o superintendente, funcionários da unidade de Irati do Erasto têm auxiliado a população a esclarecer suas dúvidas junto ao hospital. Além disso, com as consultas dos casos novos, quando estes forem encaminhados para Curitiba, já serão direcionados para a especialidade que fará o acolhimento. “Por exemplo, se for diagnosticado um câncer de mama, indicamos quais exames devem ser feitos, que tipo de preparo deve ser feito, e quando for para Curitiba, (o paciente) vai direto para a equipe de mastologia, o que não acontecia no passado. Antes, tínhamos que mandar para o Erasto, para uma equipe que avaliaria a condição do paciente e para quem encaminhar. Esta etapa já é superada para os pacientes da 4ª Regional”, observou.
Lago lembra que muitos pacientes, por fazerem quimioterapia, acabam sofrendo efeitos colaterais e muitos deles acabam fazendo as sessões muito rapidamente. Aqueles que dependem do transporte oferecido pela Secretaria de Saúde do município precisavam esperar que o último paciente seja atendido para que o ônibus possa retornar para Irati, o que causava muitos transtornos e tornava a viagem ainda mais cansativa. “O fato de não ter mais estes deslocamentos, estas esperas, ajudou muito”, pontuou.
De acordo com o superintendente, o primeiro atendimento na unidade de Irati proporcionará ao paciente um suporte familiar ainda maior. “É muito importante, em um tratamento oncológico, a aderência ao tratamento, e esta aderência é feita por uma equipe especializada, um médico dando suporte, mas todas aquelas pessoas que fazem parte do convívio do paciente, como familiares, vizinhos e entes queridos, também ajudam dando este pensamento positivo e força. O fato de estar tudo isto regionalizado a gente não tem dúvida nenhuma que vai ajudar no tratamento”, ressaltou.
Lago ressalta que os atendimentos relativos às quimioterapias e de novos casos de câncer devem ser agendados pelos pacientes junto às secretarias de saúde dos municípios da 4ª Regional com encaminhamento de um profissional médico das unidades de saúde. Todos os demais atendimentos serão feitos diretamente pela equipe do Erasto. “Se precisar ir para Curitiba ou se ficar aqui, os próximos reagendamentos serão feitos pelo nosso time. Nesta questão específica da quimioterapia, quando indicado e o médico fizer a prescrição de quimioterapia, o nosso próprio time é que vai marcar o dia, o horário, quanto tempo vai durar esta quimioterapia e com todas as orientações”, finalizou.
A Unidade de Irati do Erasto Gaertner fica na Rua Natalina Tonial Boff, no Loteamento Pabis, na antiga sede da ANAPCI.

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