quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Polícia pede à Justiça prisão temporária do suspeito de matar menino com tiro durante réveillon em SP



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação

A Polícia Civil pediu a prisão temporária por 30 dias do suspeito de matar o menino Arthur Silva, de 5 anos, durante uma festa de Ano Novo na Zona Sul da cidade. Ele teria efetuado disparos para o alto na noite de réveillon.
O homem está detido na carceragem do 89º DP, no Portal do Morumbi. Caso a Justiça aceite o pedido de prisão solicitado pela polícia, ele deve ser transferido para o 77º DP, na Santa Cecília. A decisão pode sair a qualquer momento. Ele chegou a ser preso no dia 1º de janeiro por porte ilegal de arma, mas foi liberado.
O suspeito foi preso na noite desta terça-feira (2). A polícia chegou até ele após uma investigação em andamento. Um homem que estava com o telefone interceptado teria comentado em uma conversa que um conhecido estava desesperado porque tinha matado uma criança sem querer.
De acordo com a polícia, o atirador passava pela rua onde estava o menino na noite da Virada e para festejar atirou para cima. Ele nega que passou pela região, mas confessou que atirou para o alto com um revólver calibre 38.
“Vou encaminhar ao instituto de criminalística a arma que foi pega com o suspeito na data da noite de réveillon junto com o projetil. Então esse exame de confronto balístico ele vai me dizer com certeza se esse projétil saiu da arma do suspeito”, afirmou o delegado Antônio Sucupira Neto.
Segundo a polícia, o suspeito efetuou três ou quatro disparos para o alto e um dos tiros atingiu a criança na cabeça. O exame preliminar feito pelo Instituto Médico Legal (IML) indica que a bala atingiu a parte de cima da cabeça de Arthur e se alojou na nuca.
O corpo do menino foi enterrado na tarde desta terça-feira (2), no Cemitério Parque do Jaraguá, na Zona Oeste da cidade.
Histórico
Arthur Aparecido Bencid Silva, de 5 anos, brincava no quintal quando foi atingido por um tiro na madrugada de segunda-feira (1º). A vítima fazia bolinhas de sabão com outras crianças quando caiu no chão. Familiares notaram que ela tinha um sangramento na nuca.
À reportagem da TV Globo, um primo do menino disse que o garoto foi levado pelos familiares para o Hospital Family, que é particular, onde foi constatado, após a realização de exames, que o ferimento teria sido provocado por um tiro. Como o centro médico não tinha UTI, o garoto precisou ser transferido.
Ainda de acordo com os familiares, o menino só conseguiu ser internado mais de cinco horas após sofrer o ferimento. O primo do garoto afirmou que eles tentaram vaga em cerca de dez hospitais - públicos e particulares.
O garoto acabou sendo internado no Hospital Geral de Pirajussara, do governo do estado, um dos que inicialmente, de acordo com os parentes, negou ter vaga. "Só conseguimos internar o Arthur porque meu pai e meus primos foram até o hospital Pirajussara. Chegaram lá e falaram com a pessoa responsável pela internação. Ela assustou, disse que é grave. Ou remove ou ele morre, é grave, então remove", completou. 
Quando conseguiram a vaga, tiveram dificuldade de encontrar uma ambulância para a transferência. Ele só deu entrada no Hospital Pirajussara às 7h.
''Aí precisava de uma ambulância com médico. Aí, foi outra correria, a gente pediu pelo amor de Deus para o médico daqui acompanhar ele na ambulância. A gente ia pagar a ambulância, mas não tinha médico. Nem pagando não tinha médico", disse.
Mesmo assim, o menino faleceu no final da tarde de segunda. “A pessoa que fez isso acabou atingindo meu sobrinho e acabou com a nossa família. Vocês acabaram com uma família”, disse Rosana.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, não há registro de chamado do Samu para o endereço da família.
Procurado pela reportagem, o Hospital Family informou que acionou uma ambulância do Samu, mas o veículo não tinha UTI –o que era necessário por causa do grave estado de saúde do menino. Depois, o centro médico chamou outra ambulância, que tinha UTI, mas estava sem médico. Uma profissional do próprio hospital se prontificou a acompanhar o garoto no veículo até o Pirajussara.
A Secretaria Estadual da Saúde, que responde pelo Hospital Pirajussara, informou que o menino morreu após as 18h e que foi constatado ferimento por arma de fogo. A pasta disse, por meio de nota, que não negou atendimento e que não houve solicitação para a transferência de pacientes entre hospitais. 

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