O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma
reunião por videoconferência, na tarde desta quinta-feira (26), com
líderes partidários da Casa, prevista para começar às 15h. Lira está em
Brasília e coordenará os trabalhos da residência oficial da presidência
da Câmara.
Oficialmente, segundo a assessoria, o encontro tratará das eleições
para a Mesa Diretora da Câmara, que ocorrerá em fevereiro do próximo
ano.
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O principal candidato à sucessão de Lira, que conta com apoio do próprio presidente em fim de mandato,
é o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), cuja candidatura já
recebeu a adesão formal de 17 partidos. Os demais cargos da Mesa
Diretora devem ser debatidos ao longo da reunião.
O outro tema que deve ser abordado na videoconferência é a decisão do
ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o pagamento de cerca de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão
que não teriam cumprido critérios de transparência para sua execução. A
decisão foi publicada na segunda-feira (23), antevéspera do feriado de
Natal.
No despacho, Dino também determinou a instauração de inquérito pela
Polícia Federal (PF), após pedido do PSOL, que teve, por base, suspeitas
de irregularidades na destinação dos recursos de emendas das comissões
permanentes do Legislativo. Recentemente, a decisão de Dino, definindo
critérios de transparência e rastreabilidade para a liberação de
emendas, foi referendada por unanimidade pelo STF.
A suspensão no pagamento de emendas parlamentares teve origem em uma
decisão do STF, de dezembro de 2022, que entendeu serem
inconstitucionais alguns repasses que não estariam de acordo com as
regras de distribuição de recursos. Diante da situação, o Congresso
Nacional aprovou uma resolução alterando essas regras. O PSOL, então,
entrou com uma ação contrária ao pagamento dessas emendas.
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Em agosto deste ano, Dino, além de suspender o pagamento de emendas,
determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) auditasse os
repasses dos parlamentares por meio das emendas do chamado orçamento
secreto. No dia 10 de dezembro, o governo federal publicou uma portaria conjunta para operacionalizar a liberação das emendas, dias antes da votação de uma série de medidas econômicas, incluindo pacote fiscal e a regulamentação da reforma tributária.
A portaria buscava concretizar a decisão do STF de estabelecer
critérios de transparência e, com isso, permitir a efetivação do empenho
e pagamento dos recursos indicados por parlamentares, bancadas e
comissões.
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