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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JN/G1 – Imagem: DivulgaçãoA Polícia Federal
prendeu nesta terça-feira (19) quatro militares do Exército e um
policial federal, todos suspeitos de planejar os assassinatos do
presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em 2022, após a eleição.
Segundo a Polícia Federal, o plano criminoso de golpe de Estado,
chamado de Punhal Verde-Amarelo, teria sido discutido na casa do
candidato a vice de Jair Bolsonaro na chapa eleitoral derrotada nas
urnas, o general Braga Netto - que comandou o Ministério da Defesa e a
Casa Civil na presidência de Bolsonaro.
Antes das 7h, todos já estavam presos. Eles são suspeitos de
envolvimento em atos contra a democracia e de planejar mortes de
autoridades.
A operação Contragolpe teve
manifestação favorável do procurador-geral da República, Paulo Gonet
foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal.
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Na decisão, Moraes afirmou que os elementos comprovam a existência de
gravíssimos crimes e de extrema periculosidade dos agentes, integrantes
de uma organização criminosa, com objetivo de executar atos de
violência, com monitoramento de alvos e planejamento de sequestro e,
possivelmente, homicídios de Lula, Alckmin e Moraes.
Também no Rio, a PF prendeu o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima e o
general de brigada Mário Fernandes, o único militar da reserva entre os
presos. Ele foi o número 2 da Secretaria-Geral da Presidência da
República no governo de Jair Bolsonaro e, no ano passado, começou a
trabalhar no gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello, ex-ministro
de Bolsonaro.
Em Brasília, a PF prendeu o policial federal Wladimir Matos Soares -
suspeito de fornecer criminosamente informações sobre a segurança de
Lula aos investigados. Ele chegou a atuar na segurança do prédio onde
Lula ficou hospedado na transição de governo.
Agentes cumpriram também mandados de busca em endereços do capitão Lucas Guerellus.
Os investigados chamaram o plano de assassinatos de Punhal Verde e
Amarelo. E, segundo o inquérito, eles pretendiam impedir a posse do
governo eleito em 2022 e criar um gabinete de crise para manter Jair
Bolsonaro no poder com a atuação de generais.
Bolsonaro não foi alvo dos mandados de desta terça-feira (19), mas o
ex-presidente é investigado no inquérito sobre a tentativa de golpe - e a
operação faz parte dessa investigação.
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A PF afirmou que "trata-se, a rigor, de um verdadeiro planejamento com
características terroristas, no qual constam descritos todos os dados
necessários para a execução de uma operação de alto risco.
O procurador-geral da República considerou que "a permanência dos
investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública."
O presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin não se pronunciaram. O
ex-presidente Jair Bolsonaro não respondeu ao Jornal Nacional. A defesa
do ex-ministro Braga Netto não quis se manifestar. A reportagem não
conseguiu contato com os advogados dos suspeitos presos.
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