By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO suspeito matou o pai, o irmão e um policial militar que atuou na ocorrência, antes de ser morto pela Brigada Militar (BM). Além dos quatro mortos, outras nove pessoas ficaram feridas.
Nesta reportagem, o g1 mostra o que se sabe e o que falta saber sobre o caso:
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O crime começou na noite de terça (22), quando a polícia recebeu denúncias de que o suspeito mantinha os pais, dois idosos, em cárcere privado. Eles estavam na casa da família, na Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco.
Uma guarnição foi enviada para o endereço. Os PMs foram recebidos no portão da casa e conversaram com o casal de idosos, iniciando o registro da ocorrência. Foi nesse momento que os policiais foram surpreendidos pelos disparos do homem.
Durante a madrugada de quarta, houve diversas trocas de tiros entre o homem e a polícia. Dois drones dos militares também foram abatidos pelo homem, ainda segundo a Brigada Militar (BM), a polícia do Rio Grande do Sul.
O cerco no local durou cerca de nove horas, terminando na manhã de quarta. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o atirador foi "neutralizado" e morto.
Tanto a casa onde estava o homem quanto imóveis vizinhos ficaram com marcas dos tiros nas paredes. A perícia recolheu dezenas de cápsulas de balas disparadas, além de "pelo menos 300 munições de pistola ainda não desfagradas" dentro da residência.
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O assassino foi identificado pela polícia como Edson Fernando Crippa, de 45 anos. O homem foi morto pela polícia após o tiroteio.
O secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, afirmou que o assassino tinha histórico de esquizofrenia. "Ele tinha um histórico de pelo menos quatro internações por esquizofrenia, então é óbvio que qualquer um de nós sabe que no momento em que se der acesso a arma de fogo e afarta munição a uma pessoa com esquizofrenia, uma tragédia vai ocorrer", disse.
As autoridades informaram que o atirador trabalhou por 10 meses, entre 2002 e 2003, em um contrato de prestação de serviços temporários como papiloscopista no Instituto-Geral de Perícias (IGP). Atualmente, ele era caminhoneiro.
3. Quem são os mortos
Além do assassino, outras três pessoas morreram:
Eugênio Crippa, 74 anos (pai do suspeito)
De acordo com a BM, foi morto na garagem da residência por disparos de arma de fogo.
Everton Luciano Crippa, 49 anos (irmão do suspeito)
Foi resgatado por volta de 0h e encaminhado ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo. Recebeu atendimento médico, mas morreu após uma parada cardíaca, por volta de 8h.
Everton Raniere Kirsch Junior, 31 anos (policial militar)
De acordo com a BM, Everton estava na Corporação desde 2018. Recentemente, se tornou pai. Ele deixa o filho, que tem 45 dias, e a esposa.
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Ao menos nove pessoas ficaram feridas:
Cleris Crippa, 70 anos (mãe do atirador)
Foi baleada três vezes. Está em estado estável na UTI do Hospital Centenário de São Leopoldo.
Priscilla Martins, 41 anos (cunhada)
Foi baleada uma vez. Está em estado estável na UTI do Hospital Centenário de São Leopoldo.
Rodrigo Weber Voltz, 31 anos (policial militar)
Foi baleado três vezes. Está em estado grave na UTI do Hospital Municipal de Novo Hamburgo.
João Paulo Farias Oliveira, 26 anos (policial militar)
Foi baleado uma vez. Está em estado grave na UTI do Hospital Municipal de Novo Hamburgo.
Joseane Muller, 38 anos (policial militar)
Foi baleada uma vez. Está em estado estável no Hospital da BM, em Porto Alegre.
Eduardo de Brida Geiger, 32 anos (policial militar)
Foi liberado do hospital após ser baleado de raspão.
Leonardo Valadão Alves, 26 anos (policial militar)
Foi liberado do hospital após ser baleado de raspão.
Felipe Costa Santos Rocha (policial militar)
Foi liberado do hospital após ser baleado de raspão.
Volmir de Souza, 54 anos (guarda municipal)
Foi baleado uma vez. Deu entrada no Hospital Municipal de Novo Hamburgo e foi transferido para o Hospital da Unimed, em Novo Hamburgo.
5. Qual a motivação do crime
A motivação do crime ainda é desconhecida pela polícia. Segundo as autoridades, a irmã do assassino disse aos investigadores que o homem "tinha um comportamento agressivo, especialmente contra os pais".
O chefe da Polícia Civil do RS, delegado Fernando Sodré, afirmou que a investigação já ouviu algumas testemunhas.
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"Todos eles apontam no mesmo sentido, de um problema familiar, de um problema tanto dele [o assassino], quanto do pai e da família, de esquizofrenia, e mais os detalhes têm que ser apurados", explicou.
6. Qual a situação das armas
A polícia encontrou quatro armas e "farta munição" no local do crime. Eram duas pistolas (uma 9 mm e outra calibre .380) e duas espingardas, "de acordo com a legislação", conforme com a Polícia Civil.
Além disso, o homem tinha registro como colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC). "Ele era CAC, e tinha uma arma registrada no SIGMA [Sistema de Gerenciamento Militar de Armas], no Exército, e uma arma registrada no SINARM [Sistema Nacional de Armas], no Registro Normal", disse o delegado Sodré.
A pistola calibre .380 estava registrada no nome do suspeito, segundo dados do Exército. A arma foi adquirida em 2007, e a revalidação estava prevista para 2026.
"Na oportunidade, foram apresentados todos os documentos exigidos pela legislação, dentre eles o laudo de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo e o comprovante de capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo, ambos os documentos datados de 19 de junho de 2020 e assinados por profissionais credenciados junto à Polícia Federal", disse o Exército, no comunicado.
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A Polícia Federal (PF) disse que, "das quatro armas apreendidas, há registrado no sistema SINARM apenas um armamento, com certificado de registro válido, conforme legislação vigente na época".
Com informações do G1.
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