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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BAND – Imagem: Divulgação O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou, nesta
quinta-feira (12), em São Paulo, que a volta do horário brasileiro de
verão é uma possibilidade real, para melhor aproveitamento da luz
natural em relação à artificial e a consequente redução de consumo de
energia elétrica no país.
“O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque
tem implicações, não só energética, tem implicações econômicas. É
importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta,
mas é uma das medidas, porque ela impacta muito a vida das
pessoas”, reconhece o ministro de Minas e Energia (MME)", Alexandre
Silveira.
Devido às implicações do horário de verão no cotidiano dos brasileiros, o
chefe da pasta entende que a decisão de adiantar os relógios em uma
hora, em parte do território brasileiro não pode ser tomada
precipitadamente. “[A medida] não deve ser tomada de forma açodada.
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Se
necessário, não tenham dúvida, que nós voltaremos com o horário [de
verão]”, concluiu o ministro.
Alexandre
Silveira afirmou ainda que pesquisas demonstram que os efeitos do
horário de verão – durante os meses da primavera e do verão – são
positivos para diversos setores econômicos do Brasil, como o turismo,
além de bares e restaurantes.
Térmicas e energia verde
O
ministro considera que a economia gerada pelo horário de verão é
importante para reduzir o despacho de usinas térmicas nos horários de
pico de consumo, entre 18 horas e 21 horas, geralmente.
Por
isso, no plano de contingência solicitado ao Comitê de Monitoramento do
Setor Elétrico, o ministro disse querer informações sobre quais
térmicas são da Petrobras, do setor privado e quais são as principais
fontes das usinas que geram energia elétrica a partir, por exemplo, da
queima de óleo diesel, combustível fóssil derivado do petróleo. O
objetivo é manter o equilíbrio do setor elétrico brasileiro com
segurança energética.
Demanda
O
ministro afirmou que é necessária a geração de energia no país, porque a
temperatura mundial tem subido e apresentou dados sobre o crescimento
do consumo de energia. “O Brasil nunca tinha consumido, antes de
setembro deste ano, 105 gigawatt [GW] em uma tarde. A média é 85 GW, o
que demonstra que nós tivemos todos os ar condicionados do Brasil
ligados e que a necessidade de energia, cada vez, mais oscila no
Brasil.”
Para
ele, o futuro energético passa pela economia verde. “Não há salvação
fora da nova economia verde que considera a necessidade do
desenvolvimento econômico; do capital ser remunerado com
sustentabilidade; com o mais restrito respeito à legislação ambiental e
frutos sociais para combater a desigualdade, que é uma realidade no
nosso país”.
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As
declarações do ministro foram dadas em São Paulo, em encontro com o
ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Gilberto
Prichetto Fratin, que acompanhou medidas para melhorar a qualidade dos
serviços prestados pela empresa Enel Distribuição São Paulo, após os últimos apagões elétricos naquele estado.
Horário de verão
O
horário brasileiro de verão foi instituído pela primeira vez
pelo, então, presidente Getúlio Vargas, de 3 de outubro de 1931 a 31 de
março de 1932.
No
Brasil, o horário de verão funcionou continuamente de 1985 até 2019,
quando o governo federal passado decidiu revogá-lo, em abril de 2019,
alegando pouca efetividade na economia energética.
Antes
da extinção, o período de vigência do horário de verão entre os meses
de outubro e fevereiro era definido, de acordo com critérios técnicos,
para aproveitar as diferenças de luminosidade entre os períodos de verão
e do restante do ano.
A medida impactava na redução da concentração de consumo elétrico entre 18 horas e 21 horas.
Até
a extinção, o horário de verão era aplicado nos estados do Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito
Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, ainda, no
Distrito Federal. E ficavam de fora da política pública as regiões
Norte e Nordeste, por não representar redução da demanda energética
significativa nos estados das duas regiões, devido à diferença na
luminosidade em relação ao restante do país.
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De
acordo com o decreto nº 9.242 de 2017, a hora de verão funcionava a
partir de zero hora do primeiro domingo do mês de novembro de cada ano,
até zero hora do terceiro domingo do mês de fevereiro do ano seguinte.
Mas, se coincidisse com o domingo de carnaval, o encerramento ocorria no
domingo seguinte.
Em resposta à Agência Brasil, o
Ministério de Minas e Energia esclarece que o retorno do horário de
verão deve ser analisado sob diversos aspectos, como a geração de
energia, os índices pluviométricos e, também, os aspectos econômicos da
medida. O MME segue analisando as condições com responsabilidade, de
modo que garanta a segurança energética para todos os brasileiros.
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