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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: Divulgação A Polícia Civil concluiu que o verdadeiro alvo do ataque que matou por engano Luiz
Arthur Bach Xavier, de 23 anos, e Rubiane Aparecida Mayer, de 22, era
um vizinho do casal. Ambos foram assassinados a tiros enquanto dormiam
em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, e segundo o delegado Luiz Gustavo Timossi, não tinham envolvimento em nenhum crime.
O delegado afirma que o assassinato do verdadeiro alvo foi premeditado por dois homens, que tinham motivações diferentes.
"A investigação apurou que um dos mandantes objetivava matar seu desafeto por ciúmes, pois tal indivíduo já teria mantido um relacionamento amoroso com sua atual companheira. O outro mandante, por sua vez, desejava a morte do homem em razão de uma prisão sofrida em 2019. Ele acredita ter sido delatado pelo homem, que também foi preso na ocasião - ambos por tráfico de drogas", explica o delegado.
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Além dos dois suspeitos de serem os mandantes, foram indiciados o dono
de uma loja de conveniência do Bairro Boa Vista, suspeito de intermediar
a contratação dos assassinos, e quatro suspeitos de terem executado o
crime.
"Tratava-se de um casal jovem, que teve brutalmente seus sonhos e
inspirações interrompidas pela torpeza de indivíduos que não possuem
nenhum respeito pela vida humana. Na residência, chamou a atenção a
existência de diversos materiais de estudo para o concurso de bombeiro,
em uma escrivaninha, da vítima Luiz, que após ter iniciado uma vida
conjugal recente com Rubiane buscava melhores condições de vida para sua
família", destaca o delegado Timossi.
De acordo com Timossi, seis dos sete suspeitos estão presos. Dois foram detidos em maio e quatro em junho.
Eles foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, por
pagamento ou promessa de recompensa, motivo fútil e recurso que
dificultou a defesa das vítimas.
"Um dos investigados foi indiciado ainda por coação no curso do
processo, pois ameaçou uma das testemunhas para evitar ser identificado.
As penas pelo crime podem chegar a sessenta anos de prisão", afirma o
delegado.
Os nomes dos suspeitos não foram revelados. O g1 tenta identificar as defesas deles.
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De acordo com o delegado Timossi, as investigações apontam que o casal
foi morto por engano porque o vizinho deles - que era o alvo do crime -
deixou a própria moto em frente à casa das vítimas.
"As investigações apontaram que os criminosos buscavam matar outro indivíduo, que possui histórico de envolvimento com tráfico de drogas e na noite dos fatos deixou sua motocicleta estacionada em frente a casa das vítimas. Acreditando
que era tal indivíduo que estava na residência, os criminosos invadiram
a residência e acabaram matando Luiz e Rubiane", explica o delegado.
O casal morava em uma casa no Jardim Europa, bairro Oficinas.
Na madrugada do dia 30 de setembro de 2023, um sábado, moradores da
região ouviram som de tiros e acionaram a Polícia Militar, que encontrou
os jovens mortos na própria cama.
À PM, um dos vizinhos disse que, antes do crime, viu dois homens em um veículo de cor escura entrando na casa.
Segundo o delegado da Polícia Civil Luiz Gustavo Timossi, responsável pela investigação, a residência foi arrombada.
"Pela forma que estavam os corpos eles não tiveram qualquer chance de
defesa. Foram executados enquanto dormiam", disse, na época.
No local, foram encontradas 15 cápsulas de balas. A polícia não informou quantos tiros cada um dos jovens levou.
Luiz e Rubiane moravam juntos há oito meses em uma casa alugada.
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O pai de Luiz, José Edson Lopes Xavier, contou que eles estavam
planejando comprar uma residência e já estavam à procura do imóvel.
"A gente via a união dos dois juntos, era muito bonito, muito bonito
mesmo. Eles se amavam de verdade, um sempre estava ajudando o outro",
disse José Edson Lopes Xavier, pai de Luiz, na época do crime.
Luiz trabalhava como vigilante e estava se preparando para fazer um
concurso para o Corpo de Bombeiros. Rubiane trabalhava como caixa em uma
loja e fazia faculdade de Administração a distância.
Desde a época do crime, tanto a polícia, quanto as famílias das vítimas acreditavam que o verdadeiro alvo dos disparos era outra pessoa.
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