domingo, 3 de dezembro de 2023

Dezembro vai ser quente, mas não terá ondas de calor intensas como as recentes, aponta a meteorologia

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Élio Kohut (Intervalo da Noticias)
Dias quentes, mas nada parecido com o que vivemos com as últimas ondas de calor, e a continuação dos extremos. Ou seja, muita chuva no Sul e seca no Norte. Essa é a previsão dos órgãos de meteorologia para dezembro. 
O El Niño muito intenso ferveu a Terra e, ao que tudo indica, 2023 pode terminar com o ano mais quente da história. Segundo os meteorologistas, o fenômeno deve atingir a sua máxima entre dezembro e janeiro, o que vai reforçar os extremos que vimos ao longo do ano.  
Mas por que no verão os dias não terão o calor intenso que vimos nos últimos meses? Os meteorologistas explicam que a onda de calor -- que fez com que chegássemos a máximas históricas -- não tem relação com a tendência de temperatura para o verão. É um fenômeno isolado. E, em dezembro, elas não devem acontecer. 
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Apesar disso, podemos esperar calor um pouco acima da média. Por exemplo, com a onda de calor de novembro, São Paulo encerrou o mês 3°C acima da média, saindo de 26°C para 29,6°C. Para o mês de dezembro, a expectativa é a de que fique em apenas 1°C.  
Chuva segue castigando o Sul e deve chegar ao Sudeste
A chuva vai seguir castigando a região Sul, o que é um alerta para as autoridades, já que o volume de dezembro se soma a índices altos dos meses anteriores
O que muda em dezembro é que os temporais também vão se estender para o Sudeste atingindo Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.  
“No Sul, já temos um ponto de atenção porque os níveis estão muito altos e o mês de dezembro deve somar para piorar essa situação. Além disso, ela se estende para a região Sudeste e vem intensa e rápida, em níveis onde a vazão é complicada”, explica o meteorologista Fábio Luengo.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do governo federal, produziu um relatório observando os extremos que ocorrem no Brasil e a previsão para dezembro. No documento, há um ponto de atenção para desastres com as chuvas no Sul, Sudeste -- especialmente em áreas onde já houve desastres anteriores -- e o impacto na agropecuária com a seca na região Norte.  
Toda a região Sul segue sob alerta, e a situação, segundo o centro, é preocupante, já que o volume de chuva esperado para dezembro é acima da média. Isso vem acontecendo há meses e colocou várias cidades embaixo d'água, com mortes. 
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Além disso, foi incluída uma previsão de enxurrada com estragos nos grandes centros dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Em especial, há risco de deslizamento no Litoral Norte de São Paulo, do Litoral Sul Fluminense, e regiões Serrana e Metropolitana do Rio de Janeiro. 
Ao contrário do Sul e do Sudeste, a chuva demorou a chegar ao Norte e vários rios secaram. Um dos maiores afluentes do Rio Amazonas, o Rio Negro, registrou a maior seca em 121 anos. Com isso, mais de 150 botos foram encontrados mortos e regiões ficaram desabastecidas por causa do baixo nível dos rios.
Na região, a temporada de chuva chegou atrasada, e o volume só deve impedir novas baixas, mas não vai ajudar a reverter o cenário. Com isso, para além dos rios, há um impacto previsto na agricultura e agropecuária, que podem afetar o abastecimento. 

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