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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: DivulgaçãoOs deputados estaduais aprovaram nesta terça-feira (12), em sessões
sequenciais na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o projeto de lei
do Governo do Paraná que aumenta a alíquota modal do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 19,5%, além de aumentar
também a alíquota da energia elétrica, água mineral, bebida alcóolica e
outros itens.
O projeto, que teve oito dias de tramitação, tinha resistência do setor
produtivo, que alegou desestímulo à competitividade com a iniciativa. A
aprovação ocorreu na última sessão do ano na Alep.
Na primeira sessão que avaliou o ICMS nesta terça, foram 32 votos favoráveis e 15 votos contrários. Veja abaixo como cada parlamentar votou.
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Dos itens que estavam na lista do projeto, só um teve proposta de
redução do valor da alíquota: o gás natural, que agora vai de 18% para
12%.
Confira as alterações aprovadas:
- Gás natural: de 18% para 12%;
- Energia elétrica, exceto eletrificação rural: de 18% para 19%;
- Água mineral e bebida alcóolica: de 17% para 17,5%;
- Artefatos de joalheria e ourivesaria: de 17% para 17,5%;
- Produtos de tabacaria: de 17% para 17,5%.
Após a primeira votação, o projeto recebeu emendas, precisou voltar
para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para, em seguida, ser
novamente apreciado em plenário.
Uma das emendas foi apresentada pelo deputado Requião Filho (PT), líder
da oposição na Alep. Segundo ele, o objetivo dela era suprimir os
aumentos e manter apenas a redução da alíquota do gás e o aumento do
desconto no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Esta emenda, assim como todas as outras, foram rejeitadas.
Argumentação dos deputados
No plenário, o líder do governo, deputado Hussein Bakri (PSD), defendeu
que o governo está pensando "nas próximas gerações" ao propor o
aumento, "porque muito pouco será efetivado neste mandato". O deputado
Luiz Claudio Romanelli (PSD) também defendeu a proposta.
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"Nós temos uma gestão financeira responsável, tributária também. Não
estamos impondo ao setor produtivo do Paraná nenhuma carga tributária
que seja desfavorável", disse.
Parlamentares usaram a tribuna para se manifestar contra a iniciativa, entre eles, a deputada Mabel Canto (PSDB).
Ela argumentou, que ao mesmo tempo que o governo aumenta o ICMS, também
prevê uma renúncia fiscal de 20 bilhões de reais para 2024.
"Mas vamos cobrar de quem? Da população paranaense através do aumento do
ICMS. Justificativa: dizendo que por causa da reforma tributária que tá
tramitando lá no congresso... Nem foi aprovado ainda.", disse.
Impasse sobre o ICMS
No projeto, o Governo do Paraná alegou que precisa aumentar a
arrecadação do ICMS frente a redução da alíquota do gás natural e,
ainda, por conta da proposta de aumento de desconto para pagamentos
integrais e antecipados do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA).
"A redução de alíquota proposta para o gás natural e o aumento do
desconto no pagamento integral e antecipado do IPVA acarretam renúncia
de receita e, como medida compensatória, indica-se o aumento de
arrecadação de ICMS", argumenta o governo.
Como justificativa de aumento, o Paraná cita, também as alterações ICMS
por lei complementar de 2022, que impediu o estado de arrecadar
tributos sobre combustíveis, e que proibiu também aplicação de alíquotas
superiores à alíquota padrão do ICMS (17% ou 18%).
Quando o projeto foi apresentado, entidades ligadas à Federação das
Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap)
iniciaram uma força-tarefa para tentar convencer deputados estaduais a
não aprovarem a proposta.
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Projeto também propôs mais desconto no IPVA
O mesmo projeto de lei que altera as alíquotas também propôs mudanças
no regime tributário aplicável ao Imposto Sobre a Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA).
Assim, o Governo do Paraná elevou até 6% o desconto concedido no
pagamento integral e antecipado do imposto. Atualmente, o teto do
desconto para motoristas é de 3%.
FUNREP foi extinto
Ainda no mesmo projeto, o governo revogou artigos de uma lei de 2020
que instituiu o Fundo de Recuperação e Estabilização Fiscal do Paraná
(FUNREP), o que, na prática, acabou com o fundo.
De acordo com a proposta, a decisão foi tomada frente ao julgamento de
uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal
Federal (STF), que disse não ser factível a operacionalização do fundo.
Conforme o governo, a revogação do fundo não implica em aumento de
despesas ou renúncia, uma vez que ele nunca chegou a funcionar.
Confira AQUI como votou cada deputado.
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