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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: CORREIO BRAZILIENSE – Imagem: DivulgaçãoO Congresso aprovou nesta terça-feira, 12, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2023, que serve de base para a Lei Orçamentária
Anual (LOA).
A LDO prevê salário mínimo de R$ 1.294 para o ano que
vem. O valor representa um aumento de 6,77% sobre o salário mínimo deste
ano, que é de R$ 1.212. O reajuste está abaixo da inflação prevista
para este ano. Economistas do mercado financeiro preveem que o IPCA deve
fechar o ano com alta de 7,67%, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central.
No documento enviado ao Congresso, o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023, 2024 e 2025 é
estimado em 2,5%. A previsão para a taxa Selic é de 10% em 2023, 7,7% em
2024 e 7,1% em 2025.Continua depois da publicidade
Os parlamentares tornaram obrigatória a reserva de recursos para o
orçamento secreto e abriram a possibilidade de o Legislativo definir
qual projeção usar para a inflação, que corrige o teto de gastos - a
regra que limita o crescimento das despesas do governo. Na Câmara, foram
324 votos a favor e 110 contra. No Senado, o placar foi 46 a 23.
A sessão do Congresso para votar a LDO começou ainda na
segunda-feira, 11, mas uma polêmica no plenário fez o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiar a votação para esta terça. O
relator, senador Marcos do Val (Podemos-ES), retirou do texto a
impositividade das emendas de relator, que compõem o orçamento secreto, o
que desagradou ao Centrão.
Por outro lado, a oposição e senadores independentes
apontaram que suprimir esse trecho da proposta não acabava de vez com a
obrigatoriedade do orçamento secreto, já que a determinação para que o
governo reserve recursos na LOA para pagar essas emendas foi mantida. Os
partidos que orientaram suas bancadas a votar contra foram PT, PCdoB,
Novo, Rede, PSOL e Podemos.
A LDO também autoriza o presidente da Comissão Mista de
Orçamento (CMO), deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), a fazer
indicações das emendas do orçamento secreto.
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Até então, apenas o relator
da LOA, que neste ano é o senador Marcelo Castro (MDB-PI), tinha essa
prerrogativa.
Por meio do orçamento secreto, revelado no ano passado pelo Estadão,
o governo Bolsonaro distribui verbas a aliados, sem transparência, em
troca de apoio parlamentar. Neste ano, foram R$ 16,5 bilhões em emendas
de relator-geral. Em 2023, o valor deve atingir R$ 19 bilhões.
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