By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: CORREIO BRAZILIENSE – Imagem: DivulgaçãoA delegada da Polícia Federal Silvia Amelia da Fonseca foi exonerada
nesta terça-feira, 9, do cargo de diretora do Departamento de
Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). A
demissão, assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, foi vista
na PF como uma represália ao processo de extradição do youtuber
bolsonarista Allan dos Santos, do canal Terça Livre.
Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública
afirmou que a troca da delegada é "parte de ajustes naturais de equipe
da nova gestão da Secretaria Nacional de Justiça", ligada à pasta.
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A
Secretaria Nacional de Justiça é chefiada por Vicente Santini. Homem de
confiança da família Bolsonaros, Santini foi secretário adjunto da Casa
Civil até janeiro de 2020, quando foi exonerado por usar um avião da FAB
para viajar à Índia. Depois, passou pelo Meio Ambiente e pela
Secretaria-Geral da Presidência a na condição de assessor.
O processo de extradição é um rito para dar
cumprimento a decisões judiciais. A princípio, cabe ao DRCI apenas
cumprir a ordem, além de outros procedimentos de cooperação com
autoridades estrangeiras, como, por exemplo, para a recuperação de
dinheiro bloqueado por suspeita de lavagem no exterior. Casos
emblemáticos da Lava Jato, como a descoberta de contas na Suíça do
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), ocorreram a partir de
avisos de autoridades suíças ao DRCI. O ministério não disse quem será o
próximo titular do cargo.
MILÍCIAS DIGITAIS
O blogueiro Allan dos Santos é alvo de um mandado de
prisão e extradição do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF).
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A decisão se deu no âmbito do inquérito das milícias
digitais.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento no
inquérito que investiga se ele tentou interferir nos trabalhos da
Polícia Federal. Na oitiva, ele negou interferência na corporação e
disse que o ex-ministro Sérgio Moro vinculou mudanças no órgão a uma
indicação para o STF. A investida do presidente para tirar o então chefe
da PF foi o pivô da crise que levou à saída do ex-juiz do governo.
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