By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL O DIA – Imagem: DivulgaçãoO Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidiu
nesta quinta-feira, 28, fixar a competência da Justiça Federal de São
Paulo para análise e processamento da investigação envolvendo o filho
mais velho do ex-presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha,
que apura suspeitas de propinas da Oi/Telemar em troca de atos
favoráveis do governo.
A investigação foi aberta
em 2019 pela Lava Jato em Curitiba para apurar repasses de R$ 132
milhões da OI/Telemar para as empresas do grupo Gamecorp/Gol, que têm
como um de seus controladores o filho mais velho do ex-presidente.
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Após
a fase ostensiva do inquérito, o Tribunal Regional Federal da 4ª
Região, em Porto Alegre, entendeu que o foro competente para processar e
julgar o caso seria o paulista e remeteu a investigação para a Justiça
Federal de São Paulo. No entanto, a 10ª Vara Federal em São Paulo acabou
entendendo que a maior parte dos crimes sob investigação teria
acontecido no Rio de Janeiro e decidiu transferir mais uma vez as
apurações.
A indefinição sobre o juízo competente para analisar o
caso levou a defesa de Lulinha a acionar o Tribunal Regional Federal da
3ª Região. Em março, o desembargador José Lunardelli chegou a suspender
o envio do caso ao Rio de Janeiro até a decisão da corte sobre os
recursos dos investigados.
Na época, a
Procuradoria deu parecer favorável à manutenção do caso em São Paulo até
o julgamento dos recursos. Tanto a manifestação do Ministério Público
Federal quanto o despacho de Lunardelli citaram decisão do Superior
Tribunal de Justiça que reconheceu que outra investigação envolvendo
Lulinha e a Oi deveria ficar em São Paulo.
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Na avaliação dos advogados Fabio Tofic Simantob e
Mariana Ortiz, que representam Fabio Luis Lula da Silva, a decisão
'reconhece a competência adequada do caso e permite que o juízo
competente avalie a legalidade das medidas implementadas pela Justiça
Federal de Curitiba'.
"Já havia uma decisão do
Superior Tribunal de Justiça que reconhecia que a investigação
envolvendo Lulinha e a Oi devia ficar em São Paulo, tanto que o TRF 4
havia mandado o caso para cá, de modo que é correta a decisão do
Tribunal", analisam.
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