By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO VOZ DO SUDOESTE – Imagem: Divulgação
Ele estava internado após testar positivo para Covid-19 e morreu na manha de domingo (12). Desde outubro de 2019, o ex-deputado cumpria pena de 13 anos e 9 meses, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão.
Segundo o advogado de defesa, Michel Saliba, a família de Meurer entrará com uma ação indenizatória pela morte do ex-deputado, pois ele foi contaminado na penitenciária onde estava preso e o STF negou pedidos de prisão domiciliar.
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Conforme o Supremo
Tribunal Federal, o pedido de prisão domiciliar do ex-deputado foi
negado no início de junho. À época, o ministro Edson Fachin destacou
que, apesar de Meurer ter 77 anos e ter doenças crônicas, os fatos não
demonstraram a necessidade e tratamento de saúde em residência
particular.A decisão levou em consideração as informações prestadas pelas autoridades da administração da penitenciária, de que foram adotadas medidas para evitar a disseminação do novo coronavírus na unidade, segundo o STF.
O ex-deputado também foi condenado a devolver cerca de R$ 5 milhões aos cofres públicos, mas o dinheiro ainda não tinha sido devolvido.
Saúde do ex-deputado
Após um período de queda das temperaturas em Francisco Beltrão, segundo a direção da penitenciaria, alguns dos presos que dividiam o alojamento com o ex-deputado apresentaram sintomas de gripe.
Meurer também ficou doente e foi internado em um hospital particular na terça-feira (7), com riscos por ser cardiopata, diabético, hipertenso e renal crônico.
A confirmação do diagnóstico de coronavírus foi divulgada pela defesa dele, na quinta-feira (9). No domingo, o estado de saúde dele piorou e, apesar de ter sido entubado, o ex-deputado não resistiu e morreu.
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Prisão domiciliar negadaDe acordo com a defesa, diversos pedidos de prisão domiciliar para Meurer foram negados pelo STF, desde novembro de 2019. O ex-deputado foi preso em outubro.
Em junho, a Segunda Turma do STF julgou um pedido de prisão domiciliar humanitária no plenário virtual. Os ministros Édson Fachin e Celso de Mello rejeitaram e os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela concessão do benefício diante do estado de saúde do ex-deputado. A ministra Carmen Lúcia desempatou acompanhando o voto de Fachin.
O advogado entrou com um novo pedido de prisão domiciliar na Suprema Corte, na quinta-feira (9), que não recebeu decisão até esta segunda-feira (13).
A defesa havia argumentado no pedido de prisão domiciliar sobre as doenças pré-existentes de Meurer, a idade avançada e a confirmação de ter contraído o novo coronavírus.
"A situação toda é que ele não ficou em isolamento. Quem está em uma cela, com contato, em um ambiente prisional, está sujeito a isso. Infelizmente, essa realidade poderia ter sido evitada", disse o advogado.
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