By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PORTAL BEM PARANA – Imagem: Divulgação
Na cautelar, a CGE aponta que a decisão leva em consideração “todas as irregularidades constatadas por meio do Procedimento Investigativo Preliminar” do órgão; e “a existência de indícios de prática de atos lesivos à administração pública estadual apontados por meio do Procedimento Investigativo Preliminar por parte” das três concessionárias.
Em relação às demais concessionárias, a CGE diz que
continua a conduzir processos de investigação preliminar. Siqueira
explicou que os elementos levantados, até agora, na investigação
preliminar não davam segurança jurídica para aplicar a mesma medida.
“Portanto, em face das Empresas Concessionárias existe o fundado
receio de prejuízos maiores se mantida a possibilidade de contratar com o
Estado, ante a constatação de indícios de irregularidades em sede de
Investigação Preliminar que concluiu pela abertura de Processo
Administrativo de Responsabilidade-PAR, além, dos inúmeros processos
judicias tanto no âmbito da Justiça Estadual quanto da Justiça Federal”,
afirma o controlador no documento, que determina “a suspensão
temporária dos direitos das empresas (…) de participar de licitações e
contratar com o Estado do Paraná, conforme fundamentação anterior, até
ulterior decisão”.
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As concessionárias afirmam que vão recorrer da
decisão na Justiça.A decisão é temporária e de âmbito estadual. No fim do processo administrativo de responsabilização em curso, ela poderá ser confirmada dentro dos limites das leis Anticorrupção e Lei de Licitações, ou deixa de ter efeitos. As três empresas firmaram acordo de leniência com o Ministério Público Federal, em que admitiram irregularidades, mas seguem sob investigação de responsabilidades pela CGE.
“O Estado precisa ter segurança de integridade e ética, na relação com as empresas que vier a contratar. Até o momento, os elementos que essas empresas trouxeram durante o processo de investigação preliminar foram frágeis e vazios para que pudéssemos ter entendimento diferente que o da suspensão da participação delas em novos contratos”, esclareceu Siqueira.
“Uma das medidas de mitigação de risco é o
afastamento dessas empresas de qualquer procedimento ou contratação com o
Estado do Paraná. Essa é uma prática de integridade”, disse o
controlador.
O controlador-geral completou que, além do mapeamento
de riscos a que a administração pública está suscetível, outros pilares
do Programa de Integridade e Compliance são a investigação e controle
internos. “O risco de as empresas poderem agir da mesma forma ou
cometerem os mesmos atos é grande, pelos elementos que dispomos até
agora”.
Operação Integração Em 2019, as concessionárias de pedágio no Paraná foram denunciadas pelo Ministério Público Federal na operação Integração, fase da Lava Jato, acusadas de um esquema de pagamento de propina a políticos e agentes públicos em troca do aumento de tarifas e cancelamento de obras em rodovias. Os processos relacionados a este desdobramento da operação Lava Jato estão tramitando na 23ª Vara Federal Criminal de Curitiba.
As três concessionárias suspensas agora pela CGR – Ecocataratas, Ecovias e Rodonorte – acabaram admitindo o esquema e fechando acordo de leniência com o MPF. A Rodonorte se comprometeu a pagar R$ 750 milhões até o final da concessão, que se encerra durante o ano de 2021.
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Réu
Em fevereiro do ano passado, a Justiça Federal acatou denúncia contra o ex-governador Beto Richa (PSDB), feita pela força-tarefa da Lava Jato na Operação Integração, e o tornou réu na ação que investiga corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na concessão de rodovias federais que fazem parte do Anel da Integração. Além de Richa, outras nove pessoas viraram réus pelos mesmos crimes. Em outra ação da mesma operação, a Justiça também acatou denúncia contra outros 23 pessoas do chamado “núcleo empresarial” do esquema, que inclui ex-presidentes das seis concessionárias investigadas no esquema, além de funcionários da Agência Reguladora do Paraná (Agepar) e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Os procuradores afirmam que o tucano recebeu ao menos R$ 2,7 milhões em propinas pagas em espécie por concessionárias de pedágio no Paraná e outras empresas que mantinham negociações com o governo. O tucano nega as acusações.
Richa chegou a ser preno em 25 de janeiro de 2019, no âmbito da Operação Integração, acusado de tentativa de obstrução das investigação, mas foi solto no dia 31, por decisão do ministro do STJ, João Otávio de Noronha.
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