By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
No grupo de mães do WhatsApp, em Campo Grande, a matéria se espalhou
rapidamente e uma delas comentou: "A gente bem que podia se juntar e
fazer uma festa para o Arthur né, o que vocês acham?". Foi quando a
doula Tatiana Marinho, de 39 anos, que possui um buffet em família,
começou a organizar o evento para o menino autista de 2 anos de idade, que havia sido rejeitado em um aniversário. "Vamos mostrar que diferente não é problemático".
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"Nós temos um grupo chamado Aldeia Materna e alguém colocou o link do
G1. Foi quando começamos uma discussão e decidimos fazer uma festa para
ele. Minha mãe e irmã são proprietárias do buffet e elas toparam fazer
algo por ele. Em seguida, falei com a mãe do Arthur e ela nos contou que
ele gostava do Mickey, então toda a decoração será baseada no
personagem", afirmou Tatiana.
Ao saber da notícia, a mãe do Arthur, Sara Onori, de 22 anos, disse que
achou a atitude muito interessante. "Eu, sinceramente, não achei que a
repercussão não seria tão grande assim. Por um lado, eu quis expor a
situação porque tenho certeza que outras mães passaram por isso e
ficaram quietas. Acho que o autismo precisa ser falado, não é um bicho
de sete cabeças. As pessoas precisam de informação para não cometer o
mesmo erro", ressaltou.
Ainda conforme Sara, outras pessoas chegaram até ela e disseram que a
mãe que enviou a mensagem, na qual diz que o filho dela é problemático e
por isso não será convidado para o aniversário, estaria arrependida.
"Não sei se é por conta da repercussão, mas, ela ainda não me procurou e
disseram que vai fazer isso quando os ânimos se acalmarem", finalizou.
Na semana anterior, Sara recebeu a mensagem de WhatsApp. A mãe
ressaltou não convidaria o Arthur porque ele é meio problemático, algo
que incomodaria outras crianças e ainda disse ao final: "Espero que você
me entenda".
A mãe do Arthur estava em um grupo e percebeu que outras mãe
conversavam sobre a festa. Ao perguntar o que seria, recebeu a mensagem
da mulher e ficou tão chocada que nem sequer respondeu: "Ela era minha
amiga e tenho certeza que sabia da condição do Arthur, fiquei tão triste
com a mensagem que estou até agora sem ação", desabafou na ocasião.
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Diagnóstico do menino ocorreu em uma consulta com neurologista, há pouco mais de 3 meses
A mãe disse ao G1
que já havia percebido algo no comportamento do filho. "Notei que ele
levou mais tempo que as outras crianças para andar e falar...o Arthur
também tem fixação com movimentos repetitivos, então ele gosta de
acender e apagar a luz, observar o ventilador, ver o movimento das
rodas. Ele não é problemático, é sensível e só precisa de um pouco de
paciência das pessoas ao redor para se encaixar."
Desde o início, Sara ressalta que buscou ajuda para entender o autismo,
algo que ela já havia compartilhado com a mãe que enviou a mensagem.
"Depois do que aconteceu eu fui lembrando das coisas e percebi que ela
nunca me deu apoio, então, acho que já havia um preconceito aí",
lamenta.
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