By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Tv Globo
Uma decisão do juiz federal Bruno Savino, da 3ª vara da Justiça Federal
em Juiz de Fora, afirmou que Adélio Bispo de Oliveira tem Transtorno
Delirante Persistente e é inimputável, ou seja, não pode ser punido
criminalmente.
Ele deu uma facada no presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante ato de campanha no ano passado em Juiz de Fora.
Com a decisão, fica indicado que no caso de condenação de Adélio na
ação penal, ele ficará em um manicômio judiciário e não em um presídio.
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Até o julgamento, no entanto, ele vai permanecer no Presídio Federal de
Campo Grande (MS), tendo em vista que a defesa dele afirmou que o local
tem estrutura para o tratamento adequado da doença.
Laudos anteriores
Em março deste ano, a TV Globo
havia apurado com pessoas que tiveram acesso à investigação que os
exames realizados apontavam que Adélio Bispo sofria de uma doença mental
e seria considerado inimputável
Jair Bolsonaro após ser esfaqueado durante uma campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais — Foto: Raysa Leite/AFP
A Justiça Federal já aceitou a denúncia contra Adélio por prática de
atentado pessoal por inconformismo político e o tornou réu, mas ainda
não julgou o caso. Ele segue preso desde o dia do crime, tendo sido
transferido para o presídio de segurança máxima de Campo Grande dois
dias depois.
Processo avalia sanidade mental do réu
Foram realizados outros três laudos no procedimento que avalia a insanidade mental em Adélio Bispo de Oliveira.
- 1º Laudo (particular): uma consulta que atestou indício de transtorno delirante grave
- 2º Laudo (judicial psiquiátrico): transtorno delirante permanente paranoide
- 3º Laudo 3 (judicial psicológico): não revelado - sigiloso
Em outubro do ano passado, o juiz Bruno Savino, da Justiça Federal em
Juiz de Fora, mandou abrir o chamado "incidente de insanidade",
realizado por peritos e cujo objetivo é avaliar a sanidade do agressor. O exame, a pedido da defesa, apontou transtorno grave.
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O segundo laudo é resultado dos exames realizados em dezembro e em janeiro por peritos indicados pela Justiça. Entregue em fevereiro deste ano,
aponta que o agressor tem a doença chamada transtorno delirante
permanente paranoide e, por isso, conforme o documento, foi considerado
inimputável. Diz ainda que, em entrevistas com psicólogos e
psiquiatras, Bispo afirmou que não cumpriu sua missão, e que saindo da
cadeia iria matar o presidente.
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