By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito pelo PSL, Flávio Bolsonaro
(RJ), deu uma entrevista nesta quarta-feira (26) ao SBT. É a primeira
vez que Queiroz fala depois que o nome dele apareceu em um relatório do Coaf sobre movimentações financeiras atípicas de funcionários e ex-funcionários da Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro. No caso de Fabrício Queiroz, a movimentação foi de R$ 1,2
milhão durante um ano, segundo o Coaf.
Entre as transações, estão R$ 24 mil depositados na conta de Michelle Bolsonaro, mulher de Jair Bolsonaro. O presidente eleito informou que
este valor se refere ao pagamento de parte de uma dívida de R$ 40 mil
que Queiroz tinha com o próprio Jair Bolsonaro. O relatório do Coaf foi
elaborado para a Operação Furna da Onça, que prendeu dez deputados estaduais do Rio, no mês passado.
Na conta de Fabrício, o Coaf encontrou depósitos de funcionários do
gabinete do deputado Flávio Bolsonaro e, também, de parentes de
Fabrício, que trabalhavam no gabinete.
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Queiroz foi convocado duas vezes
pelo Ministério Público para prestar depoimento, mas faltou as duas vezes, alegando problemas de saúde. Na entrevista ao SBT, Queiroz alegou que o dinheiro era fruto de negócios que fazia.
“Eu sou um cara de negócios. Eu faço dinheiro. Eu faço, assim, eu
compro, revendo, compro, revendo. Compro carro, revendo carro. Eu sempre
fui assim. Sempre. Eu gosto muito de comprar carro em seguradora. Na
minha época, lá atrás, comprava um carrinho, mandava arrumar, vendia.
Tenho segurança”, disse.
Ao SBT, o ex-assessor Fabrício de Queiroz repetiu a explicação do presidente eleito Jair Bolsonaro sobre o depósito de R$ 24 mil na conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
“Nosso presidente já esclareceu. Tive um empréstimo de R$ 40 mil,
passei 10 cheques de R$ 4 mil. Nunca depositei R$ 24 mil", declarou.
Fabrício disse ao SBT que só vai explicar os depósitos de funcionários
do gabinete em sua conta bancária ao Ministério Público. Essa é a
principal questão que o MP quer esclarecer e que o assessor não explicou
na entrevista exibida nesta quarta-feira. Mas negou que ele e os
funcionários repassassem parte de seus salários ao deputado Flávio
Bolsonaro.
“No nosso gabinete, a palavra lá é: não se fala em dinheiro, não se dá
dinheiro. Toda hora bate alguém no gabinete pedindo R$ 10, R$ 20,
pedindo pra remédio. É proibido falar em dinheiro no gabinete, nunca,
nunca. Isso é uma covardia rotular o que está acontecendo comigo ao
deputado Flávio Bolsonaro. Eu não sou laranja.
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Sou homem trabalhador,
tenho uma despesa imensa por mês”, afirmou.
Na entrevista ao SBT, Fabrício negou que Flávio Bolsonaro tenha alguma coisa a ver com a sua movimentação bancária.
“Eu me abati muito, minha calça está caindo, porque numa noite aí, eu
falei caramba, acabou minha vida, eu era amigo do cara, o que ele está
passando na rua. Entendeu? Achando que eu tenho negociata com ele. Pelo
amor de Deus, isso não existe, eu vou provar junto ao MP”, disse.
Na entrevista ao SBT, Fabrício de Queiroz falou ainda sobre os problemas de saúde que, segundo ele, o impediram de prestar depoimento no Ministério Público.
Ele disse que tem uma cirurgia marcada para fazer no ombro, mencionou
um problema na urina e uma tosse forte, e afirmou que descobriu um
câncer no intestino.
Segundo Fabrício de Queiroz, o médico disse que o tumor é maligno e que ele precisa ser operado o mais rapidamente possível.
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