By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Em um evento em Brasília nesta terça-feira (22), o MDB anunciou o
ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como pré-candidato do partido
na eleição para a Presidência da República.
A cerimônia do MDB, chamada de "Encontro com o Futuro", contou com a
presença do próprio Meirelles e de caciques do partido, como o
presidente Michel Temer.
Meirelles se filiou ao MDB com o objetivo de ser o candidato do partido
na eleição presidencial de outubro. No entanto, Temer também vinha se
posicionando como uma das opções do MDB para encabeçar a chapa.
De acordo com o blog do colunista do G1 Gerson Camarotti,
Temer decidiu dar apoio à candidatura de Meirelles depois da pressão de
um setor do partido por uma definição oficial do presidente. Há a
avaliação de que Temer não conseguiu sair da agenda negativa das
investigações da Lava Jato, o que inviabilizaria a candidatura à
reeleição.
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No discurso no evento do partido, Temer disse que os integrantes do MDB "chamam" Meirelles para ser "presidente do Brasil".
“Eu quero concluir dizendo que foi para isso, Meirelles, para essas
palavras que foram ditas aqui, que nós chamamos você, e chamamos para
ser presidente do Brasil”, disse Temer.
“Ficarei orgulhosíssimo se um dia, no plano pessoal e institucional, se
um dia o Meirelles for proclamado pelo voto popular presidente da
República Federativa do Brasil”, completou o presidente.
Se a candidatura de Meirelles for registrada, será a primeira vez, em
mais de 20 anos, que o MDB terá candidato próprio à Presidência. A
última vez foi nas eleições de 1994, com o ex-governador de São Paulo,
Orestes Quércia.
Meirelles
Em entrevista coletiva após ser anunciado como pré-candidato, Meirelles
disse que sairá em busca de alianças e que o presidente Michel Temer
deverá participar da sua campanha. "O nosso palanque terá todas as
lideranças dispostas a se engajar neste projeto", afirmou. "O presidente
certamente participará dos eventos que considerar adequado", disse.
Na coletiva, Meirelles afirmou que vai enfrentar as "incertezas" do
cenário eleitoral e que confia em uma campanha bem sucedida. Segundo
ele, o Brasil se "cansou de política populista", o que, na opinião dele,
gera "desemprego".
"Não há duvida de que temos condições de aqui iniciar uma caminhada vitoriosa. Os brasileiros esperam resultados concretos."
Meirelles defendeu durante o evento as medidas econômicas adotadas na
gestão de Temer. Ele disse ainda que o país deve continuar tomando
medidas para evitar uma nova crise "a cada dez anos"
“É o momento de tomar medidas para evitar que o Brasil entre em crise a
cada dez anos. Precisamos apenas de mais quatro anos para construir um
novo Brasil", disse.
O ex-ministro também comentou o apoio de Temer à sua candidatura. Segundo Meirelles, Temer é um "cabo eleitoral positivo".
“Olha, o presidente certamente será um cabo eleitoral positivo, porque
ele está realizando. O governo está mostrando crescimento, criação de
emprego, renda, e os resultados falam por si só. É importante dizer
também que o meu histórico é um histórico de uma reputação
inquestionável”, afirmou Meirelles.
Desistência de Temer
Presidente nacional do MDB, o senador Romero Jucá disse que o nome de
Meirelles foi uma escolha feita pelo partido a partir de conversar "com a
base toda" e não uma escolha individual.
Questionado sobre o motivo de Temer ter desistido da candidatura, Jucá
afirmou que ele só havia se colocado como "opção". "O presidente Temer
não desistiu da candidatura. Ele tinha se colocado como opção. A
premissa não é de desistência, é de escolha", afirmou.
No discurso, Temer disse que seu governo tem como marca "fazer escolhas".
"Escolhas sempre foram marcas do nosso governo. Sou realista: sei o que
fiz e o que não fiz; o que falei e o que falam por mim. Se estou
resistente, é porque estamos com a verdade e ela nos fortalece. A dor da
acusação injusta não vai nos paralisar. Do meu momento cuido eu, do
país cuidamos todos nós, o MDB."
Documento do MDB
O evento desta terça também serviu para lançar um documento do MDB
chamado “Encontro com o Futuro”. O texto apresenta um balanço de ações
realizadas nos dois anos da administração do presidente Michel Temer e
aponta a necessidade de manter as reformas iniciadas pelo governo.
No documento, o MDB destaca medidas aprovadas pela gestão Temer, como o
teto de gastos e a reforma trabalhista. O partido ainda cita a
recuperação da economia e as quedas da taxa de juros e da inflação.
O MDB também fez críticas ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff. O
documento ressalta que o “primeiro compromisso” do governo de Temer foi
“reverter” a política econômica de Dilma, “para interromper os
desastres em curso”.
O texto destaca ainda que se esgotou o modelo de crescimento que aposta
no aumento da força de trabalho e na intervenção do Estado no setor
produtivo. “O crescimento vai depender agora da iniciativa privada”.
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