By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Estadão
A greve dos caminhoneiros tornou
deputados que têm aviões próprios bastante requisitados no Congresso. Temendo
não conseguir voos para retornarem de Brasília para seus Estados na
quarta-feira, 23, parlamentares se apressaram e, desde o início da manhã, tentavam
garantir carona nos jatinhos dos colegas.
“Realmente teve mais procura hoje
(quarta-feira) mesmo”, conta o deputado federal João Gualberto (PSDB-BA), um
dos que têm avião particular. Para evitar ficar sem combustível, o tucano
mandou que sua aeronave, um jato executivo modelo Hawker 400, fosse abastecida
ainda na terça-feira, 22, mesmo dia em que chegou à capital federal.
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Dono de uma rede de supermercados,
Gualberto decolou de Brasília rumo a Salvador às 22 horas de quarta com todos
os seis assentos preenchidos. Um dos que garantiram a carona foi o deputado
Jutahy Magalhães (PSDB-BA).
Nos corredores do plenário da
Câmara, deputados demonstravam preocupação. Em pré-campanha para as eleições de
outubro deste ano, a maioria tem chegado à capital federal na terça-feira e
retornado a seus redutos eleitorais já na noite de quarta-feira.
A preocupação dos deputados tem
motivo: a Inframerica, concessionária que administra o Aeroporto de Brasília,
comunicou que a querosene de aviação no local era insuficiente para a
manutenção regular das operações. Por isso, só estavam autorizados a pousar no
terminal aeronaves com capacidade para decolar sem precisar de abastecimento.
Segundo a Inframerica, a decisão foi tomada em conjunto com as companhias
aéreas, empresas de fornecimento de combustível e órgãos responsáveis.
Cinco caminhões com querosene de
aviação conseguiram chegar ao aeroporto escoltados pela Polícia Rodoviária
Federal e pela Polícia Militar do Distrito Federal.
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