By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O bolo que a pequena Kethelly Katrinny, de 1 ano e 11 meses, comeu
seria levado para o presídio Evaristo de Moraes, em Sena Madureira,
interior do Acre.
A menina morreu
no hospital de Manoel Urbano na quarta-feira (25) após comer o bolo
feito pela mãe dela. Segundo a família, o doceseria levado para o pai da
criança.
A família mora na cidade de Manoel Urbano. A polícia informou que a mãe
da criança deixou o bolo em cima de uma mesa e não viu quando a filha
comeu. Dois adolescentes parentes da menina também comeram do bolo e
passaram mal. Eles estavam internados em observação.
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O corpo da menina foi levado para o Instituto Médico Legal IML (IML),
em Rio Branco, para ser submetido a exames cadavéricos. O gerente de
comércio e tio da criança, Ditímo Almeida, espera a liberação do corpo
para retornar ao interior do estado.
“Pediram para eu acompanhar. Trouxeram as embalagens do leite,
manteiga, fermento. Ela não tinha problemas, era uma menina tranquila e
não tinha nenhuma doença. Quando adoecia era por causa de alguma gripe”,
contou o tio.
Ainda segundo Almeida, a mãe da menina, que tem 18 anos, está em
choque. O parente disse que o pai de Kethelly ficou transtornado dentro
do presídio quando soube da morte da filha.
“Está louco, louco. Quebrou tudo dentro da cela. Ela sempre levava
comida, bolo e essas coisas pra ele nas quartas. A polícia levou ele lá
em Manoel Urbano. Ele queria se matar dentro do presídio”, comentou.
O tio revelou ainda que Kethelly era a única filha do casal. Ele
confirmou que os adolescentes que passaram mal são primos da
criança.“Eles vomitaram, passaram mal, mas reagiram. Disseram que iam
ter alta ontem. Vamos saber o que tinha no bolo depois dos laudos. Não
sabemos nada”, explicou.
Intoxicação
O médico que atendeu a criança na Unidade Mista de Manoel Urbano, Julio
Andres Antezana, explica que a causa da morte foi intoxicação alimentar
e pneumonia química. Ele conta que a menina chegou com vômito, dores
fortes abdominais e sonolenta.
“O caso é de intoxicação alimentar, agora onde está o tóxico, o que foi
esse tóxico, eu não sei. Não sei explicar, não sabemos como a criança
teve acesso a isso”, explica.
Ele confirma ainda que dois adolescentes chegaram com os mesmos
sintomas de dores abdominais e vômito na unidade, mas que não sabia da
relação com o caso da menina.
“O que posso falar, clinicamente, é que foi um caso de intoxicação que
ocorreu por um acidente indesejável, quando os pais por um descuido não
viram o que a filha pôde ter acesso. Tecnicamente, foi isso que
aconteceu”, explicou.
O exame do IML deve definir o que causou essa intoxicação.
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