By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
Após ter a casa invadida e furtada
na segunda-feira, em Sertãozinho, no interior paulista, a antropóloga Karis
Bertuzo, mãe de uma menina com doença rara, fez um apelo nas redes sociais,
destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Ela pediu para que os ladrões
devolvessem pelo menos o HD externo de um notebook que havia sido levado, onde
guardava informações sobre o tratamento da criança. Ela mal acreditou quando
foi atendida.
No equipamento estavam exames
recentes e todo o histórico do tratamento de Luiza, de 6 anos. A garota tem uma
doença que afeta o desenvolvimento neurológico e motor.
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Aos 3 anos, ela apresentou perda da
fala, dificuldade de compreensão, desorganização da memória imediata e
problemas de coordenação motora.
A família lançou campanha pelas
redes sociais e conseguiu arrecadar R$ 160 mil para levar Luiza para um
tratamento com células-tronco no México.
Todo o progresso obtido, gravado em
vídeos e detalhado em relatórios minuciosos, estava no HD do notebook furtado.
O material também pode ser útil para a identificação da doença, ainda
desconhecida.
“Sem esse histórico ficava difícil
acompanhar o desenvolvimento dela e fornecer dados para a comunidade científica
encontrar o diagnóstico. Quando vimos que ele tinha sido levado, entramos em
desespero”, escreveram Karis e o marido, o bibliotecário Marcos Bertuzo, no
texto divulgado na internet.
Luiza ainda sofre distúrbios de linguagem,
mas já anda de bicicleta, patinete, dança e brinca. Dentro de casa, contam os
pais, ela é autônoma.
Na publicação, os pais até se
dispuseram a pagar pelo resgate do HD e dos cartões de memória. “Ele pode nos
ajudar a salvar a vida da Luiza”, diziam.
Surpresa
Quando a campainha soou, quase à
meia-noite de anteontem, Karis foi à porta da casa sem imaginar o que seria.
“Quando estávamos em campanha pela Luiza, era gente que chegava de dia e de
noite, então pensei que fosse algum amigo ou parente”, disse.
“Quando vi a pessoa estendendo o
notebook, falei: ‘não acredito’, e dei um abraço nela. Só entendi que podia ser
o ladrão quando ele me disse: ‘pega e entra'”, descreveu.
Segundo ela, Marcos correu para
checar se nada havia sido apagado. “Felizmente, estava tudo lá. Não foi
mexido.” O casal, agora, nem se importa em recuperar a TV e a máquina
fotográfica, além de outros objetos levados no crime. “O que era essencial foi
recuperado. Só temos de agradecer”, diz Karis.
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