By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, anunciou nesta terça-feira
(28) um aporte de R$ 8 milhões para o desfile das escolas de samba do
Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério da Cultura, o dinheiro virá da Caixa Econômica
Federal, por meio de patrocínio pela Lei Rouanet, de incentivo à
cultura, cujo objetivo é promover as expressões culturais nacionais por
meio de incentivos fiscais.
Para ter acesso aos recursos, as escolas terão de apresentar projetos
que atendam aos requisitos exigidos pela lei. Somente após a aprovação
dos projetos, pelo Ministério da Cultura, o dinheiro será liberado pela
Caixa. “O dinheiro chegará com boa antecedência”, afirmou o ministro.
De acordo com a assessoria do ministério, a Liga das Escolas de Samba
do Rio (Liesa) já apresentou uma proposta, mas que não atendeu às
exigências da lei e terá de ser retificada.
Em junho, o prefeito Marcelo Crivella anunciou corte de metade dos R$ 26 milhões que seriam destinados para o carnaval.
Na ocasião, ele disse que pretendia usar o dinheiro para pagar creches
conveniadas com o município. Durante o anúncio, falou em austeridade e
sacrifício e que contava com o esforço e a contribuição do carnaval.
O ministro argumentou que apesar do momento econômico, em que o país
“começa a sair da crise”, o governo federal entendeu a importância de
apoiar o carnaval do Rio.
Sérgio Sá Leitão afirmou que o carnaval do Rio injeta R$ 2 bilhões na
economia da cidade e do estado, fomentando diversas atividades – hotéis,
bares, restaurantes. “Irriga a economia como um todo, chegando a muita
gente”, disse.
Segundo o ministro, o governo federal entendeu que ajudar o Rio a sair
da crise era uma maneira de ajudar o Brasil uma vez que o Rio é porta de
entrada do turismo no país. “O que acontece no Rio repercute no resto
do país”, observou Leitão.
Prefeitura cortou verba
Em junho, o presidente da Liga das Escolas de Samba (Liesa), Jorge
Castanheira, informou que o corte de metade na verba da prefeitura para o
carnaval inviabilizaria o desfile.
“Diante das dificuldades que as escolas atravessam e das circunstâncias
apresentadas pelo prefeito, as escolas chegaram a uma conclusão de que
com essa redução de 50% da receita de apoio à preparação e produção do
carnaval, fica inviabilizada a apresentação das escolas”, afirmou
Castanheira na ocasião.
No fim de julho, os principais dirigentes das escolas de samba e o
presidente da Liesa buscaram apoio do presidente Michel Temer. Nessa
conversa,o presidente teria garantido R$ 13 milhões à festa, segundo os
participantes do encontro.
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