By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: A REDE – Imagem: Divulgação
Em nota divulgada nas redes sociais, a comissão da
Diversidade Sexual e de Gênero da subseção de Ponta Grossa da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB-PG) repudiou a declaração do vereador Ezequiel Bueno
(PRB) sobre a cantora drag Pabllo Vittar, que abre a grade de shows da 28ª
Munchenfest.
Durante sessão da última segunda-feira (16) na Câmara,
Ezequiel Bueno afirmou que irá mandar prender a drag queen caso ela saia nas
ruas ou nas escolas. “Mas se [Pabllo] inventar de sair na rua ou nas escolas,
eu vou prender. Mesmo que depois eu seja preso por abuso de autoridade. Eu não
vou deixar uma pessoa dessas entrar nas escolas e ensinar diversidade sexual
para as crianças”, declarou.
A comissão da OAB-PG afirma que as declarações do vereador
são LGBTfóbicas e que, “até que se provem o contrário”, se constituem crime, “uma
vez que tal parlamentar se utilizou de suas convicções pessoais e
preconceituosas sobre a contratação do evento artístico”.
“Lutamos diariamente para evitar que o preconceito chegue a
violência e seja erradicado. Pedimos o mínimo de respeito pela comunidade LGBT.
Tais declarações só fortalecem o discurso de ódio e segregação que a comunidade
LGBT enfrenta. Termos uma personalidade da comunidade LGBT em evidência
nacional é de muito orgulho. Após os eventos recentes acontecidos na nossa
cidade, que culminou até na morte de um homossexual, nos admira que um
representante do povo profira palavras de ódio para um ser humano.
Independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero, raça ou
religião o mínimo que devemos ter como ser humano é o respeito ao próximo”, diz
a nota oficial.
A comissão da OAB-PG ainda lembrou que Ezequiel Bueno é o
mesmo parlamentar que barrou recentemente a inclusão da discriminação de gênero
e orientação sexual no Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial,
alegando que essa questão estava “sanada”. O vereador barrou também a discussão
de identidade de gênero e orientação sexual nas escolas. “Tal parlamentar
representa o preconceito e retrocesso que a comunidade pontagrossense LGBT luta
diariamente. Por fim, por conta dessas situações de retrocesso e preconceito é
que nós enquanto Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero trabalhamos em prol
da comunidade LGBT”, finaliza, em nota.
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