By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: UOL – Imagem: Divulgação
O
governo federal anunciou nesta quarta-feira (23) que pretende privatizar 57
empresas e projetos. O pacote inclui o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a
Casa da Moeda, que fabrica o dinheiro e os passaportes, e a Lotex, responsável
pela "raspadinha".
Na
área de infraestrutura de transportes, a lista inclui 14 aeroportos, 15
terminais portuários, 2 rodovias e a Codesa (Companhia de Docas do Espírito
Santo), além da venda da participação da Infraero em outros 4 aeroportos. A
medida foi aprovada nesta quarta-feira (23) pelo conselho do Programa de
Parcerias de Investimentos (PPI), grupo que inclui o presidente Michel Temer,
vários ministros, além dos presidentes do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social), da Caixa Econômica Federal e do Banco do
Brasil.
Segundo
o governo, a lista dos novos projetos deve gerar investimentos de R$ 44 bilhões
ao longo do prazo dos contratos. "As concessões vão gerar investimentos
nos setores de óleo e gás, energia, rodovias, aeroportos e portos, gerando
emprego e renda no Brasil", disse o ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, Moreira Franco.Lotex e Casa da MoedaO Ministério da Fazenda deve
apresentar o modelo da concessão da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex),
popularmente conhecida como "raspadinha".
Questionado
sobre como será o modelo de privatização da Casa da Moeda, o governo afirmou
que ainda está em estudo. "Vamos aprofundar os estudos sobre o destino da
Casa da Moeda, que vem sofrendo sucessivos prejuízos", disse Moreira
Franco.
Aeroportos
A
previsão de investimentos para os aeroportos é de R$ 6,4 bilhões. Os leilões
devem acontecer no segundo semestre do ano que vem.
Eles
devem ser divididos em quatro blocos:
Um
bloco inclui somente o aeroporto de Congonhas, o segundo maior do país, com
movimento de 21 milhões de passageiros por ano;
O
bloco do Nordeste incluirá os aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), João
Pessoa (PB), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB);
O
bloco do Mato Grosso incluirá os terminais de Várzea Grande (MT), Rondonópolis
(MT), Sinop (MT), Barra do Garças (MT) e Alta Floresta (MT);
Um
quarto bloco terá os aeroportos de Vitória (ES) e de Macaé (RJ).
A
concessão do aeroporto de Congonhas será de R$ 5,6 bilhões e deverá ser paga à
vista, segundo o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
O
governo também pretende vender a participação de 49% que tem, por meio da
Infraero, nos aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília (DF), Confins (MG) e
Galeão (RJ). Os atuais sócios terão prioridade.
O
aeroporto de Viracopos (SP), que foi privatizado e depois devolvido, não foi
incluído no atual pacote.
Rodovias
O
pacote prevê a concessão da rodovia BR-364, entre Comodoro (MT) e Porto Velho
(RO), com quase 800 quilômetros de extensão e previsão de investimentos de R$
11 bilhões. Também há um estudo para relicitar um trecho de 624 quilômetros da
BR-153 que liga Anápolis (GO) a Aliança (TO).
Portos
No setor
portuário, são 15 os terminais a serem privatizados --nos Porto de Belém (PA),
Vila do Conde (PA) Paranaguá (PR), Vitória (ES), Suape (PE) e Porto de Itaqui
(MA). Eles têm capacidade para movimentar mais de 24 milhões de toneladas e o
governo estima quase R$ 2 bilhões em investimentos
.Em
relação à Codesa (Companhia de Docas do Espírito Santo), o BNDES vai realizar
estudos para definir se será concedida toda a operação portuária ou só a
operação do terminal de Barra do Riacho.
Energia
A
privatização da Eletrobras, anunciada pelo governo na segunda-feira, também foi
incluída no pacote. O conselho diz que "haverá emissão de papéis da
empresa sem subscrição da União, que será diluída e perderá o controle
acionário". A ideia é que a empresa não tenha um grande acionista
substituindo o governo.
Ainda
na área de energia elétrica, foram incluídas a concessão da usina hidrelétrica
de Jaguara (MG), que deve acontecer em setembro, além de 11 lotes de linhas de
transmissão, que devem ser leiloados em dezembro. Eles estão distribuídos em
dez Estados: Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande
do Norte, Minas Gerais e Tocantins.
"O
modelo de remuneração e as taxas de desconto fazem com que os investidores
enxerguem as linhas de transmissão como investimento de renda fixa", diz
trecho do documento divulgado pelo Planalto.
Óleo e gás
Na área de óleo e gás, foi aprovada a terceira rodada
de concessão de blocos no pré-sal, que deve acontecer no quarto trimestre deste
ano, e a 15ª rodada de blocos para exploração e produção.
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