By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: UOL – Imagem: Divulgação
Um
adolescente de 13 anos foi apreendido após confessar ter matado a vizinha de 14
na tarde desta quarta-feira (23) no condomínio em que moravam em Goiânia. De
acordo com a Polícia Civil, o menor cometeu o crime porque a vítima era mulher
e ele queria "ver a sala [da escola] em luto". Ambos estudavam na
mesma instituição de ensino e moravam no mesmo prédio.
A
jovem, identificada como Tamires, deixava o elevador do condomínio na Rua
C-137, no Jardim América, em Goiânia. Ela, então, foi abordada pelo jovem, de
identidade não revelada. Ela morava no 5º andar e ele, no 11º. A garota foi
morta com golpes de faca.
Em
depoimento prestado à polícia, o jovem contou que imobilizou a adolescente e a
levou para a escada do condomínio, onde deu diversos golpes de faca. Depois,
ele correu até a secretaria da Escola Estadual Jardim Américo, a cerca de 500 m
do condomínio e confessou o crime.
A
escola acionou a Polícia Militar, que encaminhou o adolescente à Delegacia de
Polícia de Apuração de Atos Infracionais (DEPAI). De acordo com o delegado Luiz
Gonzaga Júnior, o adolescente não falou muito e não explicou o motivo de ter
cometido o crime.
O
jovem ficará detido até esta quinta, quando será encaminhado a uma audiência no
Juizado de Infância e Juventude, por ser menor de idade. De acordo com o
delegado, deverá ser pedida a prisão preventiva do adolescente.
"Ele
revelou que queria matar a jovem e outras duas. Uma seria afim dele",
conta o delegado ao UOL. "Depois, disse que queria ver toda a sala em
luto." Luiz Gonzaga diz que o menor será enquadrado por feminicídio.
"Está claro que a motivação do crime deu-se pelo simples fato de ela ser
mulher.
"Quando
o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) chegou ao prédio, Tamires já
estava morta. "A viatura chegou com um médico, mas ele só pode atestar o
óbito. Então, nós prestamos assistência à mãe da jovem, que estava em estado de
choque, e a levamos ao hospital", conta ao UOL André Luiz Braga, diretor
da SAMU em Goiânia. "Uma cena muito desagradável, que me choca muito como
pai.
"O
coordenador da E. E. Jardim Américo, César Sabino, conta que a escola ficou
muito agitada à medida que a notícia foi espalhando. "Nós tentamos conter,
até que a mãe do rapaz ligou para cá, ela não sabia", relata ao UOL.
O colégio ainda tentou manter as aulas para evitar que
os adolescentes fossem ao local do crime, mas Sabino conta que "a partir
de um ponto não tinha mais clima". Na próxima quinta-feira (24), a escola
ficará em estado de luto e suspenderá as atividades.
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