By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: UOL – Imagem: Edilson Rodrigues (Agência Senado)
A
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira
(21) a proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria a possibilidade de
revogação, por parte dos próprios eleitores, do mandato de presidente da
República.
A
proposta ficou conhecida como "recall". O projeto segue agora para o
plenário do Senado, onde terá de ser analisado em dois turnos. Para ser
aprovada, é necessário o apoio de três quintos dos senadores. Se aprovado, o
texto segue para a Câmara dos Deputados, onde também são necessárias duas
votações, também com a aprovação de três quintos dos deputados.
De
acordo com o texto, o presidente da República poderá ter seu mandato revogado a
partir de proposta assinada por, no mínimo, 10% dos eleitores que compareceram
à última eleição presidencial em todo o país. Além disso, deverão estar
representados pelo menos 14 Estados, e com mínimo de 5% de participação de
eleitores por unidade federativa que participaram do pleito. A apresentação do
pedido de recall será permitida apenas no segundo e no terceiro anos do
mandato.
Em
seguida, o Congresso convocaria um referendo popular para revogar o mandato do
presidente. Se a população decidir pela revogação, o cargo será declarado vago,
mas não serão necessariamente realizadas novas eleições.
A
substituição se dará conforme o que já determina a Constituição, ou seja, será
empossado o vice-presidente da República. Apenas se este cargo estiver vago, é
que assumirá o presidente da Câmara dos Deputados, que deverá convocar eleições
diretas ou indiretas, dependendo do momento em que a revogação ocorrer.
A
proposta original, do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), definia a
possibilidade de "recall" também para governadores, prefeitos,
senadores e deputados. Mas o relator do projeto, Antonio Anastasia (PSDB-MG),
limitou o texto ao mandato de presidente.
Recall difere de impeachment
Em
seu relatório, o senador Anastasia explicou que o "recall" é
totalmente diferente do "impeachment". Este último só acontece após
comprovação de crime de responsabilidade cometido pelo presidente. Já o recall,
segundo o relator, será um sinal da perda de representatividade do mandatário
da nação e da perda de apoio da população, não sendo necessária a existência de
um crime.
Para Anastasia, a medida, se aprovada, servirá para
cobrar responsabilidade contínua das autoridades políticas, uma vez que os
eleitores não precisariam esperar uma nova eleição para trocar o presidente.
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA
NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM
OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.