By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANÁ PORTAL – Imagem: Divulgação
O juiz federal Sérgio Moro,
responsável pelo julgamento das ações penais da Operação Lava Jato em primeira
instância, e os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram
em conflito novamente após o depoimento do José Afonso Pinheiro,
ex-zelador do Condomínio Solaris.
Após encerrar o depoimento por
videoconferência, em gravação feita pelos advogados de Lula, Moro questiona as
estratégias da defesa de Lula e indaga o advogado Cristiano Zanin
Martins se irá entrar com ação contra a testemunha.
“Vamos ver se [a testemunha] não
vai sofrer queixa-crime ou alguma ação de indenização, a testemunha, né, por
parte da defesa…”, disse Moro. A fala do juiz faz referência as tentativas da
defesa de afasta-lo do processo em que o ex-presidente é réu na Lava Jato e,
inclusive, pedir a prisão do magistrado por abuso de autoridade.
O advogado Cristiano Zanin
Martins rebateu o juiz no mesmo tom. “Depende… Quando as pessoas praticam
atos ilícitos elas respondem por seus atos. Eu acho que é isso o que diz a
lei”, disse Martins. “Você vai entrar com essa indenização contra ela [a
testemunha], doutor?”, perguntou Moro. “Não sei, o senhor está advogando
alguma coisa para ela [testemunha]?”, questionou o advogado. “Não sei, a defesa
entra contra todo mundo, com queixa-crime, indenização…”, afirmou Moro. “Eu
acho que ninguém está acima da lei. Da mesma forma como as pessoas estão
sujeitas a determinadas ações, as autoridades também devem estar”, disse
Martins. “Tá bom, doutor. Uma linha de advocacia muito boa”, finalizou
Moro. Todo o diálogo ocorreu após o fim das gravações oficiais feitas pela
Justiça Federal.
A Justiça Federal entrou em recesso
forense nesta terça-feira (20) e retorna somente no dia 20 de janeiro de 2017 e
não deve se pronunciar sobre o caso.
Depoimento de José Afonso Pinheiro
A discussão entre Moro e a defesa
do ex-presidente Lula aconteceu após o depoimento do ex-zelador do
Condomínio Solaris José Afonso Pinheiro. No imóvel está localizado o
apartamento Tríplex, que, de acordo com o Ministério Público Federal, teria
sido reformado pela construtora OAS para uso da família de Lula como forma de
pagamento de propina por contratos da Petrobras.Na audiência, Afonso, que
disputou as eleições de outubro como candidato a vereador pelo Partido
Progressista (PP) com a alcunha de Afonso Zelador do Tríplex, irritou-se com os
advogados quando foi questionado sobre como se deu seu ingresso na política. Os
advogados de Lula tentaram impugnar a testemunha sem sucesso e tiveram várias
perguntas indeferidas pelo juiz.
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